Nelly Kaplan, cineasta anarcofeminista francesa, morre vítima da Covid-19
Franco-argentina, morta aos 89, integrou a nouvelle vague e dirigiu documentários de nomes como Pablo Picasso
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A cineasta franco-argentina Nelly Kaplan, ícone da nouvelle vague e diretora de "La Fiancée du Pirate", morreu nesta quinta-feira (12), aos 89 anos, vítima do novo coronavírus, num hospital de Genebra.
De acordo com um de seus familiares, François Martinet, Kaplan havia acompanhado o companheiro, o ator e produtor Claude Makowski, à Suíça, onde ele morreu em agosto em consequência da doença de Parkinson. Desde então, a diretora, que também se destacou como escritora anarcofeminista, permaneceu numa casa de repouso, onde contraiu a Covid-19.
Kaplan era de uma família de judeus russos. Nasceu em Buenos Aires e, aos 22 anos, se mudou para a França, onde começou a colaborar com o diretor Abel Gance, conhecido pelo longa "Napoleão", de 1927.
Ela ficou famosa com "La Fiancée du Pirate", exibido no Festival de Veneza de 1969. Dirigiu outros filmes, como "Papa, Les Petits Bateaux…", de 1971, e "Charles et Lucie", de 1979, assim como documentários sobre artistas consagrados, como Pablo Picasso, Gustave Moreau, Abel Gance, André Masson e Victor Hugo.
A artista teve relacionamentos com vários escritores, como o surrealista André Breton.
Escreveu textos eróticos que chocaram a censura. Em 1974, publicou sob pseudônimo o romance "Mémoires d'une Liseuse de Draps".
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters