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Editora suspende publicação de livros de Dr. Seuss por causa de desenhos racistas

Seis títulos do aclamado escritor infantil americano, autor de 'Como o Grinch Roubou o Natal', deixarão de circular

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Nova York | AFP

A editora do popular escritor de livros infantis americano Dr. Seuss, pseudônimo de Theodor Geisel, suspendeu a publicação e a venda de seis dos livros dele por considerar que as obras incluem desenhos racistas.

Em nota publicada no seu site oficial nesta terça (2), a Dr. Seuss Enterprises afirma que submeteu seu catálogo à análise de uma série de especialistas. O grupo, que abarcava educadores, considerou que os títulos em questão têm imagens que retratam "as pessoas de uma maneira errada e dolorosa".

Livros do escritor americano Dr. Seuss são exibidos em livraria em Coral Gables, na Flórida - Joe Raedle - 28.jul.2015/Getty Images North America/AFP

Numa dessas ilustrações, dois homens originários da África aparecem com o peito nu, sem sapatos, enquanto carregam um animal exótico. Em outra, os olhos de um personagem descrito como chinês são pintados com duas linhas pretas. O homem veste sapatos tradicionais japoneses e é representado com um bolo de arroz e palitos.

A resolução, que segundo a empresa foi adotada no ano passado, levanta o debate nos Estados Unidos sobre se livros que empregam termos racistas ou têm desenhos considerados racistas devem continuar a ser publicados e lidos nas escolas.

Os livros do Dr. Seuss, escritos em rima, foram traduzidos para dezenas de idiomas e são lidos em mais de cem países.

Nos Estados Unidos, títulos como "O Gatola da Cartola", protagonizado por um gato de chapéu com listras vermelhas e brancas, e "Como o Grinch Roubou o Natal" são objetos de adoração. Todo ano, por volta da data do aniversário de Geisel, comemorado nesta terça (2), as escolas organizam um evento literário em que várias crianças se fantasiam dos personagens do escritor.

Nos últimos anos, no entanto, a Associação Nacional da Educação, que promove o evento incentivou leituras mais diversas.

Outros livros infantis que foram acusados de racismo por ONGs dos Estados Unidos são os do elefante Babar, os do macaco Jorge, o Curioso, as novelas de "Os Pioneiros", de Laura Ingalls Wilder, e os quadrinhos de Tintim. Por aqui, a obra de Monteiro Lobato têm suscitado um debate semelhante.

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