Primeira atriz latino-americana a ter um papel de destaque em filme de super-herói em Hollywood, Bruna Marquezine já sofreu por duvidar de seu talento como atriz —o que a levou a recusar oportunidades profissionais—, além de ter sido vítima de sabotagens de pessoas do meio artístico.

"Dói muito você amar uma coisa e as pessoas tirarem de você. Cheguei a falar com diretores que eu amo, ‘não posso aceitar [o trabalho] porque não sou atriz’. Não era drama. Pensava, ‘será que um dia já fui [atriz], porra? Por que é tão difícil mostrar que sou assim? Por que fazem isso, se unem para bater numa pessoa que está lutando?", ela disse em entrevista à Folha.

Segundo Marquezine, essas críticas a menosprezavam, como se ela dependesse do carisma e do namoro que teve com Neymar para conquistar papéis em filmes, novelas e séries. "Eu começava a acreditar que minhas conquistas não eram boas o suficiente. Que eu não era digna de estar naquele lugar, que eu só era boa quando era criança", ela diz, se referindo ao seu papel de estreia na Globo, aos sete anos de idade como Salete, na novela "Mulheres Apaixonadas".

Em seu novo trabalho, a atriz será o par romântico do super-herói "Besouro Azul", filme produzido pela Warner Brothers do universo da DC Comics que deve ser lançado ano que vem. Vivendo um grande momento da carreira, ela também será vista na série "Maldivas", da Netflix, com previsão de estreia para julho, e em um outro projeto de série que acaba de ser aprovado pela plataforma de streaming.

Ela conta que chorou após receber a resposta do estúdio americano, pois foi uma confirmação de seu talento e uma recompensa pelas recusas que já enfrentou. "Esse é um choro de alívio, de [sentir que] eu ainda sabia e acreditava em mim mesma, que é uma conquista sua, sim, e ninguém vai tirar isso de você. Tem a ver com meu trabalho duro e, obviamente, de quem vibra por mim. Sem eles não conseguiria, porque só domino a interpretação. É mérito meu", ela afirmou.

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