'Cidade Perdida' entrega uma diversão ligeira e sem muitas delongas
Clichês não faltam no filme hollywoodiano, mas as boas piadas podem acabar compensando a ida despretensiosa ao cinema
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Produzido por Sandra Bullock, que também interpreta a protagonista, "Cidade Perdida" é uma comédia perfeita para uma tarde de sábado. Ou seja, não espere a profundidade de um Woody Allen ou o cinismo dos irmãos Cohen.
O que "Cidade Perdida" entrega é diversão ligeira, sem muitas delongas. A história tem uma pitada do sensacional "O Magnífico", comédia de 1973 com Jean-Paul Belmondo e Jacqueline Bisset.
Naquele filme, Belmondo interpretava um escritor de histórias de espionagem em decadência, cuja imaginação o levava a diversas aventuras pelo mundo.
Já em "Cidade Perdida", Bullock é Loretta Sage, uma escritora de aventuras à la Indiana Jones, mas com muito erotismo. A diferença com "O Magnífico" é que Loretta viverá uma aventura de verdade, em uma ilha perdida do Atlântico.
Loretta é sequestrada pelo vilão –o excêntrico bilionário Abigail Fairfax, interpretado por Daniel Radcliffe– após seu último livro ter dado dicas reais sobre a cidade perdida do título do filme.
Quem vai ao seu encalço, em uma ilha perdida do Atlântico, é Alan (Channing Tatum), o modelo sem muito cérebro que sempre aparece todo bonitão e sem camisa na capa dos livros de Loretta. Tentando provar que pode ser um herói de verdade, o rapaz voa para lá atrás da escritora.
Nessa façanha, Alan é auxiliado por Jack Trainer, um ex-militar que sabe tudo sobre lutas e armas, interpretado por Brad Pitt. Dá para ver que o astro se divertiu fazendo esse personagem.
A música é parte importante de "Cidade Perdida", com grandes hits sendo usados para marcar uma situação. É o caso de "True", do Spandau Ballet, um clássico de motel que serve para zoar com o amor dos personagens dos livros de Loretta.
Ou a ambição épica de "The Final Countdown", do Europe, usada aqui para ridicularizar a canastrice de Alan quando ele assume o papel de modelo de capa no lançamento de um livro de Loretta.
Certamente há piadas em "Cidade Perdida" que não funcionam tão bem. É o caso do périplo da agente literária de Loretta, vivida por Da’Vine Joy Randolph, em sua tentativa de ajudar a escritora. Tudo ali parece um pastelão forçado e sem graça.
E há, sendo um filme de Hollywood, aquele momento em que Alan, com sua pouca inteligência, mas com muita sabedoria interior, diz umas verdades para Loretta, que teima em destratá-lo por ele ser burro e bonito. Aí, Loretta vê o mundo de outra forma e passa a respeitar o rapaz…
Clichês assim não faltam em "Cidade Perdida", mas as boas piadas podem acabar compensando a ida ao cinema. Isso, é claro, se você não estiver muito exigente.
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