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Fará falta a delicadeza e a elegância, diz Luiz Schwarcz sobre Lygia Fagundes Telles

Leia repercussão da morte da escritora e integrante da Academia Brasileira de Letras, aos 98 anos

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São Paulo

A morte da escritora Lygia Fagundes Telles neste domingo (3), aos 98 anos, fez com que diferentes nomes do mercado editorial e do mundo político lamentassem a fim da vida da autora, que integrava a Academia Brasileira de Letras desde 1985.

"Sentiremos muita falta da delicadeza, elegância e carinhos que Lygia dedicava à sua literatura e também a nós, seus editores. Nossa relação era mais que afetiva. Era um verdadeiro amor entre autora e seus editores. Uma profunda falta é o que sentiremos a partir de hoje", diz Luiz Schwarcz, fundador e editor da Companhia das Letras, em nota publicada pela editora.

A escritora Lygia Fagundes Telles, durante a pre-estreia de seu longa "Lygia, Uma Escritora Brasileira", do diretor Helio Goldsztejn, no espaco Itau de Cinema, em Sao Paulo - Eduardo Anizelli/Folhapress

Em nota, a Academia Paulista de Letras também lamentou a morte. "A mais notável personalidade da literatura brasileira, patriota e democrata, já era lenda em vida. Permanecerá no Panteão das glórias universais. A gigantesca e exuberante obra continuará a ser revisitada, enquanto houver leitor no mundo", escreveu José Renato Nalini, presidente da instituição.

O atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, anunciou no Twitter luto por três dias no estado pela morte de Lygia. "A grande dama da literatura brasileira retratou a vida de gerações de homens e mulheres", escreveu ele.

"Morre uma mulher, desaparece uma biblioteca de dados, refulge, para sempre, Lygia Fagundes Telles. Só conversamos uma vez, apesar de sermos colegas na Academia Paulista de Letras. Um cérebro criativo e generoso, uma escritora única. Surge um vazio na cultura. Repouse em paz. Missão cumprida, dona Lygia!", escreveu Leandro Karnal.

O escritor Raimundo Carrero escreveu nas redes sociais estar "triste, abatido, inquieto com a morte de Lygia Fagundes Telles. O Brasil e o mundo literário não podiam sofrer um golpe tão profundo num momento dramático deste. Ficamos menores sem a sua palavra".

Para o também escritor português Valter Hugo Mãe, "parece que todos, com ela, morremos juntos um pouco".

Simone Paulino, da editora Nós, escreveu em homenagem à escritora. "Caí num choro doloridíssimo, como há muito não me ocorria, como se tivesse partido uma mãe. Obrigada por tanto, minha querida Lygia, que a nossa Clarice te receba no céu e te leve para ver o pôr do sol."

Outras figuras do ramo político também lamentam a morte. ​A deputada federal Jandira Feghali, do PC do B do Rio de Janeiro, escreveu no Twitter que a autora deixa um legado incrível.

A deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) destacou a luta de Lygia contra a ditatura militar –em 1976, a autora fez parte da comissão de escritores que entregaram ao Ministério da Justiça um manifesto contra a censura do regime. "Além de uma das maiores e melhores referências da nossa literatura, uma mulher corajosa que enfrentou a Ditadura."

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