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Johnny Massaro é vaiado por apoiadores de Bolsonaro no Festival de Gramado

Julia Dalavia, que contracena com o ator em 'O Pastor e o Guerrilheiro', em exibição no evento, também foi hostilizada

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Gramado (RS)

No tapete vermelho mais barulhento da primeira metade do Festival de Gramado, nesta segunda-feira, a equipe do filme "O Pastor e o Guerrilheiro" foi hostilizada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Como é tradição em Gramado, as equipes dos filmes desfilam pela rua Coberta até chegar ao Palácio dos Festivais, onde os filmes são exibidos, posando para fotos e interagindo com o público. Este costuma se apoiar nas grades que cercam o caminho e há ainda mesinhas de bares e restaurantes coladas a ele.

Elenco e produtores de 'O Pastor e o Guerrilheiro' no tapete vermelho do Festival de Gramado, onde foram vaiados por apoiadores de Bolsonaro - Leonardo Sanchez/Folhapress

Durante a caminhada da equipe de "O Pastor e o Guerrilheiro", um dos curiosos ao redor deu um grito a favor de Lula e, rapidamente, foi respondido por apoiadores de Bolsonaro com palavras como "mito". Diretor, produtores e elenco, então, fizem com as mãos a letra "L", uma referência ao presidenciável pelo PT, o Partido dos Trabalhadores.

Foi o suficiente para incitar a multidão ao redor, que passou a gritar mais alto e a hostilizar a comitiva, que era integrada ainda por José Genoino, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, e Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura nos governos Lula e Dilma. Um de seus membros também usava um boné do MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Mesmo depois da passagem dos políticos, o público continuou vaiando, em especial Johnny Massaro e Julia Dalavia, que estão no elenco, enquanto eles posavam para fotos junto a uma escultura do Kikito, prêmio máximo de Gramado.

As vaias continuaram mesmo após as demonstrações políticas da equipe e só cessaram quando todos já estavam dentro do Palácio dos Festivais. Por outro lado, mais próximo à entrada da sede do evento, eram vários os que pediam fotos a Dalavia, citando o nome de sua personagem na novela "Pantanal", Guta.

"O Pastor e o Guerrilheiro", de José Eduardo Belmonte, é uma ficção que denuncia a tortura e os assassinatos que ocorreram durante a ditadura militar, período da história brasileira que é com frequência comemorado por Bolsonaro.

Genoino e Ferreira foram convidados para a sessão do filme porque foram ambos guerrilheiros que lutaram contra o regime. Na trama, baseada em fatos reais, Massaro interpreta um membro da Guerrilha do Araguaia.

O repórter viajou a convite do Festival de Gramado

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