Rappers pedem nos EUA que suas letras não sejam usadas como provas criminais
Prática discrimina comunidades já marginalizadas, diz carta dos artistas, assinada também por gravadoras e TikTok
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Gravadoras, serviços de streaming, redes sociais e dezenas de artistas de vários estilos musicais pedem em uma carta publicada no jornal The New York Times nesta terça-feira que letras de rappers não sejam usadas contra eles nos tribunais.
Tratar letras de rap como confissões é discriminação racial, diz um post da gravadora Warner no Twitter. Segundo um trecho da carta, "o uso de letras contra artistas dessa maneira é antiamericano e simplesmente errado".
"Além do óbvio desrespeito à liberdade de expressão e expressão criativa protegida pela Primeira Emenda [da Constituição dos Estados Unidos], essa prática racialmente direcionada pune comunidades já marginalizadas e suas histórias de família, luta, sobrevivência e triunfo", afirma o documento.
Assinam a carta, entre outros, as plataformas Spotify e Deezer, as gravadoras Def Jam, Warner, Universal e Virgin, o TikTok, e artistas como Lil Uzi Vert, Ty Dolla $ign, Camila Cabello, Coldplay, Christina Aguilera e Regina Spektor.
O documento pede que os promotores parem voluntariamente com a prática e incentiva os deputados estaduais e federais a limitarem explicitamente como a expressão criativa pode ser usada contra réus em julgamentos.
Também cita que o selo Young Stoner Life, fundado pelo rapper Young Thug, vencedor do Grammy, está enfrentando acusações de ser uma organização criminosa.
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