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Cidade de Cannes proíbe manifestações nos arredores do festival de cinema

Evento da indústria cinematográfica acontece na França, país que recebe onda de protestos contra reforma da Previdência

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São Paulo

A cidade de Cannes decidiu banir protestos pela Croisette e os seus arredores durante o Festival de Cannes. Entre os dias 16 e 27 de maio a passarela ficará cheia de figurões da indústria cinematográfica.

A proibição decretada pelas autoridades é para evitar distúrbios aos cidadãos da cidade, segundo a revista Variety. A França, pais que sedia o evento, vem recebendo uma onda de manifestações contra a reforma da Previdência do governo de Emmanuel Macron desde janeiro deste ano.

Tapete vermelho do Festival de Cannes, em 2019, com o diretor Quentin Tarantino e os atores Brad Pitt, Margot Robbie e Leonardo DiCaprio - REUTERS

Ainda assim, uma manifestação do sindicato CGT (Confederação Geral do Trabalho), representado pelo diretor de fotografia Denis Gravouil no conselho que administra o festival, está prevista para o dia 21 de maio. Nesse caso, ela acontecerá no Boulevard Carnot, longe da Croisette e da sede do evento.

"Isso ilustra a maneira como esse governo funciona, seja em Cannes ou em outro lugar", disse Gravouil à Variety.

Desde ataques terroristas ocorridos em 2016, Cannes tem restringido manifestações pela Croisette. Ainda assim, a confederação busca negociar com as autoridades regionais um acordo sobre o caminho que as manifestações percorrerão para que seja perto o suficiente da passarela e chamem mais a atenção.

Mas manifestações no tapete vermelho do festival de cinema não são fora do comum. Na edição do ano passado, por exemplo, ucranianos protestaram contra a invasão russa.

"Sempre foi possível encontrar um meio termo, mas desta vez dizem que têm medo que degenere, mas francamente não sei se é mesmo medo ou vontade de não dar visibilidade às nossas reivindicações sobre a reforma da Previdência ou o que está acontecendo no mundo do cinema", afirma Celine Petit, do CGT.

Ela diz que as manifestações também buscam denunciar a forma como as mulheres são tratadas na indústria cinematográfica.

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