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DJ Marky revisita a música disco e house em show para poucos no evento NFT Brasil

Segundo o artista, um DJ de verdade precisa ir além do que está fazendo sucesso e se aprofundar mais na música eletrônica

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São Paulo

Marco Antonio da Silva, mais conhecido como DJ Marky, ainda toca com a empolgação de quando ele era um garoto na periferia da capital paulista usando apenas um toca-fitas e uma vitrola.

Em show realizado no pavilhão da Bienal de São Paulo, no parque Ibirapuera, neste sábado, como parte do encerramento do evento NFT Brasil, ele aqueceu a noite fria para não mais que 30 pessoas dançando, além dos gatos pingados nos assentos ao redor da pista.

DJ Marky em show no NFT Brasil - Divulgação

Entretanto, quem escolheu dançar se divertiu com a setlist do DJ —que, além do drum'n'bass que o consagrou, revisitou a disco e a house music, uma tendência que define o pop atual, como se vê nos trabalhos de Dua Lipa, Jessie Ware e Beyoncé, por exemplo.

Só desta última cantora ele tocou "Break My Soul" e "Cozy", duas faixas do álbum "Renaissance", em versões, é claro, repaginadas por ele próprio.

O drum'n'bass, vale dizer, grosso modo se baseia em batidas aceleradas e baixo grave, e é um dos sons fundamentais dos anos 1990.

Mas, para o DJ, não deixou de ser "o" som —ou um dos—, pois modas lançadas pela indústria do pop não impedem culturas de continuarem vivas, mesmo que à margem do reconhecimento da imprensa.

"Um DJ de verdade não fica ligado apenas no que está no top dez, ele tem que ter conhecimento", disse Marky.

E como ele explicaria o que é drum'n'bass para alguém nascido na época em que o gênero era uma figura recorrente mainstream?

"Esses tempos eu toquei na Heavy House, em Pinheiros, e botei 'Miss Me Blind', do Culture Club, que é de 1984. Cara, tinha uma menina de 22 anos, e ela conhecia essa música e todas as outras", conta.

"Eu perguntei para ela 'de onde você conhece essas músicas?'. Ela respondeu que os pais dela têm muitos discos em casa e que ela acompanha todas as minhas lives. Eu falei para ela ir a todos os meus shows."

Independente de tendências, da balada, da época, do gênero do dance tocando ou da geração curtindo as batidas, o que vale mesmo é a surpresa mútua.

"O que vale é a experiência. Meu termômetro é a pista, se as pessoas estão dançando ou não", afirma.

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