Divisão do cercadinho VIP revolta fãs de Lana del Rey no Mita, em São Paulo

Reclamações foram direcionadas ao vazio da pista premium, que ficou desocupado até duas horas antes do show da cantora

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São Paulo

Dedos do meio são levantados em meio a gritos enraivecidos nas primeiras fileiras da plateia que preenche a pista comum do festival Mita neste sábado.

A edição paulistana do evento ocorre neste final de semana, no vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista. Os destaques são os shows de Lana Del Rey, que deve se apresentar às 20h20 deste sábado, e da banda Florence + The Machine, que encabeça a programação do domingo.

Público durante o primeiro dia do Mita Festival, realizado no Vale do Anhagabaú - Adriano Vizoni/Folhapress

O Mita foi xingado pelo público por cercar com grades o pedaço mais próximo do palco principal, onde só entram pessoas que comparam ingressos para a pista premium —as entradas chegaram a custar até R$ 2.200.

A prática não é comum em festivais. Ainda que tenham porte muito maior que o Mita, o Lollapalooza e o Rock in Rio, por exemplo, não criam esse tipo de divisão. O C6 Festival, por outro lado, dividiu seus ingressos por área —era possível comprar apenas para ver os shows da tenda, ou somente da área externa.

A divisão é mais frequente em shows individuais, que contam com espaços menores ou fazem uma separação melhor dos lugares. Essa decisão ameniza o problema da distância, em boa parte desses casos.

O público se revoltou porque mais da metade da pista premium estava vazia até às 18h30, apenas duas horas antes da entrada de Lana Del Rey. Pessoas espremidas na grade da pista comum diziam que as grades foram colocadas exageradamente distantes do palco, entoavam palavrões e apontavam o dedo do meio para cima. Por volta das 19h, a pista premium começou a encher.

Público durante o primeiro dia do Mita Festival, no Vale do Anhagabaú - Adriano Vizoni/Folhapress

Procurado, o Mita diz que não divulga o tamanho dedicado à pista premium. A área total é de 58 mil metros quadrados.

A edição paulistana do evento começou morna. Os destaques da programação deste sábado foram os brasileiros Duda Beat e Djonga, figurinhas carimbadas em festivais do país. Se apresentaram ainda a banda canadense BadBadNotGood e o DJ Flume, da Austrália. Só parte do público se empolgou —a maioria estava ali querendo só ver Lana Del Rey mesmo.

As pessoas também reclamavam do preço da comida. Um hambúrguer com carne e queijo cheddar custa R$ 32, enquanto uma pizza individual sai a R$ 30. Vegetarianos precisavam desembolsar R$ 42 para uma versão sem carne do lanche choripán.

A garrafa de água com 500 mililitros sai a R$ 10. Uma lata de 269 mililitros de Mike’s, mistura de suco de limão e vodca, é vendida a R$ 20. O copo de chope, da Heineken, com 400 mililitros, custa R$ 18.

Os valores seguem o padrão dos últimos festivais. No C6 Fest, há duas semanas, foram cobrados preços parecidos pelos produtos.

O lineup de domingo deve empolgar mais com a presença da banda alternativa Haim, que cantou Xuxa no Mita do Rio de Janeiro na semana passada. Haverá também a estreia da americana Sabrina Carpenter no Brasil e o show nostálgico do NX Zero, que faz turnê depois de um hiato de seis anos.

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