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Padre Júlio Lancellotti lança quadrinho na CCXP e defende o fim da 'pobrefobia'

Feito por financiamento coletivo, HQ 'Pobrefobia' foi escrita a partir de relatos ouvidos pelo clérigo nas ruas de São Paulo

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São Paulo

Anunciado de surpresa na CCXP23, a Comic Con Experience, o padre Júlio Lancellotti esteve na feira de cultura pop na tarde deste sábado (2) para falar sobre "Pobrefobia", quadrinho que deve ser lançado nas próximas semanas e que foi criado a partir dos relatos ouvidos pelo clérigo nas ruas de São Paulo.

"Eu gosto de encontrar linguagens acessíveis, para que todos saibam que a aporofobia está presente e que todos nós podemos lutar contra ela", disse.

O Padre Julio Lancelotti - Eduardo Knapp/Folhapress

Uma figura um tanto estranha naquele ambiente dominado por jovens nerds, mais interessados em astros como Zendaya ou quadrinistas como o japonês Junji Ito, Lancellotti subiu ao palco Omelete, que diferentemente dos outros painéis ocupa um espaço aberto da feira.

Ao lado dele estavam os ilustradores Luiza Lemos, Raphael Salimena, Lila Cruz e Wagner Loud, e o roteirista Rogério Faria. O volume é lançado pela editora Draco.

"É muita gente, muita força, muita alegria e muita esperança nessa juventude", disse ele, observando a aglomeração que contornava o palco circular.

Juntos, padre e artistas discutiram as histórias reais de pessoas em situação de rua que são narradas em "Pobrefobia". Viabilizada por um financiamento coletivo, a HQ começará a ser enviada para seus apoiadores em janeiro –parte do dinheiro arrecadado será destinado a projetos sociais.

"A ‘pobrefobia’ está na estrutura, na desigualdade, no sistema e principalmente dentro de nós, porque pensamos de maneira neoliberal, meritocrática e desprezamos o pobre", disse Lancellotti, cercado por lojas que cobravam até R$ 40 mil por figuras colecionáveis.

"Cada um que ler esse livro e mudar a forma de agir estará ajudando a mudar a história", continuou.
"Pobrefobia: Vivências das Ruas com Padre Júlio Lancellotti" discute a aporofobia, isto é, a aversão a pessoas pobres, que o clérigo tanto discute em suas redes sociais. Ao todo, o volume reúne quatro histórias que, a partir de relatos ouvidos por ele, foram novelizadas e desenhadas.

Após o painel, Lancellotti e os artistas foram aplaudidos e se encaminharam para o estande da Chiaroscuro para autógrafos.

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