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Galerista morto tirou ex-marido, apontado como mandante, de testamento

OUTRO LADO: Ex-marido de Brent Sikkema e os advogados que o representam não responderam às tentativas de contato

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Rio de Janeiro

Daniel Sikkema, de 53 anos, ex-marido do galerista Brent Sikkema, morto, aos 75 anos, no Rio de Janeiro no dia 15 de janeiro, foi retirado do testamento do americano há dois anos. Ele teve a prisão decretada por ter supostamente encomendado o crime.

Informações que constam em relatório policial ao qual a reportagem teve acesso indicam que o cubano Alejandro Prevez, de 30 anos, suspeito de matar o galerista, planejou o crime por um ano. Com a investigação, a polícia teve acesso a emails de Brent, nos quais ele descrevia a relação conturbada com o ex-marido.

Brent Sikkema, de 75 anos, era sócio proprietário da galeria Sikkema Jenkins & Co, em Nova York - Divulgação

Em junho do ano passado, a vítima confidenciou a um amigo o que estaria vivendo nos últimos 18 meses. E lamentou que, após conceder a Daniel os últimos fundos para a construção de uma casa em Cuba, ele teria pedido o divórcio. Além disso, o galerista teria passado a ser vítima de denúncias falsas.

Entre as acusações, estava a de que vítima tinha histórico de abusos físicos e psicológicos e de que fazia uso de drogas no apartamento do casal, na frente do filho. A denúncia foi apurada pela polícia americana e se demonstrou infundada.

Outra denúncia de Daniel contava que Brent estaria comprando uma arma automática e indo ao aeroporto de Nova York para matar pessoas. Uma dessas denúncias de Daniel teria culminado na prisão da vítima, que passou 22 horas encarcerado. Daniel também queria mudar o sobrenome do filho, tirando o Sikkema, ao que Brent se opôs.

Com todo esse cenário, Brent decidiu mudar o testamento feito em maio de 2021. Nessa primeira versão, Brent deixava todos os pertences pessoais e bens, incluindo a propriedade no Rio de Janeiro onde foi morto, com exceção de algumas doações pontuais, para Daniel, seu marido à época.

Mas, em maio de 2022, já passando pelo divórcio, ele preparou um novo testamento no qual não deixou nenhum bem a Daniel. "Eu deserdo específica e totalmente Daniel Sikkema, independentemente de ele ser meu cônjuge legal no momento de minha morte ou não", diz o início do documento.

No mesmo testamento, ele deixou para o primeiro marido, de nome Carlos, uma doação de US$ 1 milhão —cerca de R$ 5 milhões. O galerista também deixou bens para familiares e, a maior parte, para o filho que tinha com Daniel.

Brent era coproprietário da galeria Sikkema Jenkins & Co, no bairro nova-iorquino de Chelsea, dono de uma fortuna, e um dos nomes mais celebrados da cena artística mundial. Ele era marchand do artista Jeffrey Gibson, que representa os Estados Unidos na próxima Bienal de Veneza, em abril.

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