Diretor da OMC faz alerta para risco de guerra comercial após anúncio dos EUA
A declaração é considerada rara na política comercial de um membro da OMC
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O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevedo, expressou nesta sexta-feira preocupação com o plano do presidente norte-americano, Donald Trump, de tarifar as importações de aço e alumínio, em uma intervenção extremamente rara na política comercial de um membro da OMC.
"A OMC está claramente preocupada com o anúncio dos planos dos EUA sobre tarifas de aço e alumínio. O potencial de escalada é real, como vimos a partir das respostas iniciais de outros", disse ele em uma breve declaração da OMC.
"Uma guerra comercial não é de interesse de ninguém. A OMC vai observar a situação de perto."
O Brasil está entre os países que mais devem ser afetados pela medida: é o segundo maior exportador de aço aos EUA, atrás apenas do Canadá. No ano passado, a receita gerada com vendas aos norte-americanos somou US$ 2,63 bilhões (cerca de R$ 8,5 bilhões).
O governo brasileiro recebeu a notícia com “enorme preocupação” e disse que não descarta ações multilaterais para preservar os interesses do país, segundo o ministério da Indústria e Comércio Exterior.
“É uma loucura; é uma tarifa extremamente alta e, com certeza, inviabiliza nossas exportações para lá”, afirmou à Folha Marco Polo de Mello Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil.
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