Siga a folha

Descrição de chapéu Brics

Brasil e mais 40 países apresentam manifesto na OMC contra guerra comercial

Os signatários incluem Argentina, Chile, Coreia do Sul e Turquia

Os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping em Pequim - Damir Sagolj - 9.nov.2017/Reuters

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Madri

Em um contexto de crescente preocupação quanto à escalada global entre os Estados Unidos e a China, um grupo de 41 países —incluindo o Brasil— apresentou um manifesto à OMC (Organização Mundial do Comércio) pedindo que essa entidade impeça uma guerra comercial.

O texto circulou por impresso na segunda-feira (7) durante um encontro informal das delegações em Genebra, antecedendo a reunião oficial do Conselho Geral nesta terça-feira (8).

Enquanto diversas das missões aderiam ao manifesto, ele foi lido pelo representante permanente da Suíça, Didier Chambovey, em nome de todo o grupo. Os signatários incluem Argentina, Chile, Coreia do Sul e Turquia. Poucos europeus, com a exceção de Suíça e Islândia, participaram.

“Estamos preocupados com as crescentes tensões comerciais e com os riscos relacionados a elas para os sistemas multilaterais de troca”, diz o texto. “Encorajamos os membros da OMC a se abster de adotar medidas protecionistas e resolver as diferenças por meio de diálogo.”

A questão das guerras comerciais e do protecionismo têm se tornado urgente nas relações internacionais, com as diversas sinalizações do presidente americano, Donald Trump, de que favorece uma abordagem mais isolacionista do que seu antecessor no cargo, Barack Obama. Trump é, ademais, crítico à própria atuação da OMC —cujo diretor-geral é o brasileiro Roberto Azevêdo.

No caso do Brasil, a preocupação maior é com as sobretaxas impostas pelos EUA a diversos países. Em especial, as cotas do aço, consideradas inaceitáveis por Brasília. O governo do presidente Michel Temer (MDB) já disse que não descarta recorrer à OMC.

O Brasil foi abordado pelos coordenadores do manifesto de segunda-feira e avaliou que o texto refletia as preocupações do país, também quanto aos mecanismos de apelo da OMC. Apesar de a expressão “guerra comercial” não aparecer no documento, a ideia é entendida pelo contexto dos atritos entre os EUA e a China. Em outras ocasiões, a OMC emitiu alertas sobre os riscos desse tipo de embate para o crescimento global.

Em discurso na OMC durante a segunda-feira, em uma manifestação individual paralela ao manifesto, o embaixador brasileiro Evandro Didonet pediu que os países-membros evitem novas fricções comerciais. Ele também insistiu em que o Brasil tem três prioridades imediatas: agricultura, pesca e desenvolvimento.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas