ditador norte-coreano Kim Jong-un fez uma nova viagem à China para se encontrar com Xi Jinping, que lidera a ditadura no país vizinho. É o segundo encontro entre as duas autoridades em dois meses.
O anúncio da visita foi feito pela agência de notícias chinesa Xinhua nesta terça-feira (8) e depois confirmado pela Coreia do Norte.
Antes disso, veículos da China e do Japão chegaram a especular que uma autoridade norte-coreana estava fazendo uma visita a China, mas não tinham uma confirmação oficial de que era o próprio Kim.
O ditador chegou na China na segunda (7) e a reunião aconteceu em Dalian, cidade no nordeste da China , próxima da fronteira com a Coreia do Norte. Ele viajou ao local em seu avião oficial, na primeira vez que faz uma viagem aérea para fora do país desde que assumiu o poder.
A Coreia do Sul disse que foi avisada com antecedência do encontro e que Kim já retornou para Pyongyang.
Segundo a Xinhua, os dois líderes discutiram sobre assuntos bilaterais, em especial sobre o programa nuclear norte-coreano.
"Desde que as partes eliminem as hostilidades e as ameaças de segurança contra a Coreia do Norte, não temos necessidade [de capacidade] nuclear e a desnuclearização pode ser feita" disse Kim a Xi, de acordo com a agência chinesa.
O líder norte-coreano também afirmou que pretende construir uma "confiança mútua através do diálogo com os EUA". Em resposta, Xi disse que apoia as conversas entre Pyongyang e Washington.
A Coreia do Norte e os Estados Unidos negociam atualmente os últimos detalhes do encontro entre o ditador norte-coreano e o presidente americano Donald Trump, que deve acontecer até o início de junho.
Kim já tinha feito uma visita secreta a Xi no final de março, na primeira vez que ele deixou a Coreia do Norte desde que assumiu o poder, em 2011 —na ocasião, o encontro só foi confirmado quando o ditador já tinha deixado Pequim. A China é a principal aliada política e econômica da ditadura norte-coreana.
A nova visita acontece 20 dias após a histórica cúpula entre o ditador norte-coreano e o presidente sul-coreano Moon Jae-in, quando Kim se tornou o primeiro líder de seu país a cruzar a fronteira e pisar no território do vizinho.
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