Siga a folha

Descrição de chapéu petrobras

Novo presidente da Petrobras defende preços internacionais dos combustíveis

Em carta aos funcionários, Ivan Monteiro contou sua experiência como funcionário público

Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados Você atingiu o limite de
por mês.

Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login

Rio de Janeiro

Em sua primeira comunicação oficial aos empregados da Petrobras, o novo presidente da estatal, Ivan Monteiro, disse que o alinhamento de preços com o mercado internacional é essencial para que a companhia cumpra seu papel de gerar riqueza e desenvolvimento.

Monteiro foi nomeado pelo conselho de administração da Petrobras na segunda (4), em substituição a Pedro Parente, que pediu demissão na sexta (1º), pressionado por mudanças na política de preços dos combustíveis implantada em sua gestão.

Ivan Monteiro, o presidente da Petrobras, defendeu preços internacionais dos combustíveis - Alan Santos/PR/Folhapress

"A capacidade de estabelecer nossos preços como um reflexo das variações do preço do petróleo, sem perdas para a companhia, e competir de igual para igual neste mercado são condições essenciais para que a Petrobras seja capaz de cumprir seu papel de empresa que gera riqueza e desenvolvimento", escreveu Monteiro.

No texto, ele prega continuidade do trabalho da gestão Parente, a quem agradeceu pelo "excepcional trabalho". "Se olharmos as mudanças pelas quais a Petrobras passou nos últimos anos, veremos realidades completamente diferentes", defendeu Monteiro, que ocupava a diretoria financeira da companhia.

O executivo diz ainda que seu compromisso é defender, alinhado ao conselho de administração da companhia, os princípios que considera essenciais para o equilíbrio entre empresa competitiva e geradora de desenvolvimento.

"Essa visão de longo prazo é necessária agora, pois coloca em contexto o momento atual, em que temos agir para mostrar à sociedade brasileira que sabemos de nossa responsabilidade em contribuir para uma solução para a grave crise em que o país viveu com a greve dos caminhoneiros, ao mesmo tempo em que mantemos a nossa capacidade de investir, de crescer e continuar construindo o futuro da Petrobras", disse ele.

Na terça, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) anunciou que vai abrir consulta sobre a possibilidade de interferir na periodicidade dos reajustes dos combustíveis no país. A ideia é estabelecer prazos mínimos para as mudanças de preço.

A Petrobras disse que vai colaborar no esforço por um diálogo que possa resultar em maior competição "ao mesmo tempo em que mantém a liberdade para a formação de preços". A proposta foi apresentada pela ANP a representantes do setor em reunião nesta quarta (6).

Em julho de 2017, a Petrobras inaugurou uma política de reajustes diários, alegando que precisava ter maior agilidade para combater importações de combustíveis por terceiros. Nos últimos meses, porém, a estratégia passou a ser questionada diante da pressão altista provocada pela escalada do petróleo no mercado internacional.

Após o início da greve dos caminhoneiros, a própria estatal decidiu reduzir em 10% o preço do diesel em suas refinarias e congelar o valor por 15 dias. Em acordo com a categoria, o governo federal ampliou o prazo de congelamento e concedeu mais subsídios aos preços.

Seguindo o exemplo de Parente, Monteiro assinou a carta apenas com o primeiro nome. Ele abre o texto com um relato pessoal contando que é casado, pai de três filhos e que gosta de jogar vôlei. Contou sua experiência no Banco do Brasil, onde iniciou a carreira como funcionário público concursado em uma agência em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. 

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas