Tribunal de Tóquio rejeita recurso, e Ghosn deve ficar preso até março
Ex-presidente do conselho de administração da Nissan está detido desde 19 de novembro
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O Tribunal de Tóquio rejeitou nesta quinta-feira (17) um recurso dos advogados de Carlos Ghosn, ex-presidente do conselho de administração da Nissan, que tentava reverter uma decisão que negou conceder liberdade sob fiança ao executivo.
Com isso, Ghosn, que ainda é presidente da Renault, deve ficar em prisão provisória pelo menos até 10 de março.
Os advogados do executivo confirmaram a decisão desta quinta e disseram que planejam submeter um recurso especial até sexta-feira (18).
Desde que foi preso em 19 de novembro, Ghosn está aguardando um julgamento que ainda pode demorar seis meses para começar.
O executivo é alvo de três acusações, por abuso de confiança e outras infrações financeiras, como por supostamente transferir temporariamente perdas pessoais com investimentos para a Nissan e por ocultar parte sua renda durante três anos. Ele nega todas as acusações.
O principal advogado do empresário de 64 anos, Motonari Otsuru, disse anteriormente que rejeita o motivo pelo qual a Justiça havia decidido manter Ghosn preso. A alegação foi de risco de fuga, assim como de ocultação ou destruição de provas.
Com acusações mais leves, o então braço direito de Ghosn, Greg Kelly, também detido, teve seu pedido de liberdade sob fiança aceito em 25 de dezembro.
Na quarta-feira (16), o governo francês, primeiro acionista da Renault, pediu a convocação de um conselho de administração para designar um sucessor para Carlos Ghosn, cuja imagem se viu muito deteriorada nos últimos meses.
Ele perderia, assim, seu último título. Nissan e Mitsubishi já o destituíram do posto de presidente de seus conselhos administrativos no final de novembro, pouco depois de sua detenção.
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