Siga a folha

Gol fecha acordo com Boeing sobre compensação, pedidos e pagamento do 737 MAX

Desde a segunda quinzena de março, a companhia retirou 120 aviões de operação

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo | Reuters

A Gol fechou nesta terça-feira (14) acordo com Boeing sobre compensação, pedidos e pagamento de aeronaves 737 MAX, o que pode dar algum alívio à companhia aérea brasileira diante da gigantesca crise no setor criada com a pandemia do coronavírus.

Em comunicado, a Gol afirmou que o acordo tem flexibilidade para implementar requisitos dinâmicos de frota para equilibrar oferta e demanda, que despencou desde março diante das medidas de restrições de voos e à circulação de pessoas.

"Enquanto os detalhes do acordo são confidenciais, ele é composto por compensação em dinheiro e o cancelamento de 34 pedidos, reduzindo os pedidos firmes remanescentes da companhia para aeronaves 737 MAX de 129 para 95 e elevando a flexibilidade para atender as necessidades futuras de frota da Gol," adiciona o documento.

Desde a segunda quinzena de março, a Gol retirou 120 aviões de operação e reduziu oferta para 50 voos diários entre o aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, e as 26 capitais brasileiras e Brasília.

Mesmo com as várias medidas tomadas pela companhia para tentar aliviar a pressão sobre sua posição de caixa, as incertezas de investidores quanto ao futuro da empresa e do setor nos próximos meses provocaram uma derrocada de cerca de 70% das ações da Gol em 2020.

Já para a Boeing, também seriamente afetada pela crise global no setor aéreo, o acordo é mais um capítulo da tentativa de resolver outra crise anterior, esta da própria companhia, que teve de paralisar sua produção do modelo 737 MAX após dois acidentes fatais com aeronaves do tipo que mataram centenas de pessoas.

"A Gol segue totalmente comprometida com o 737 MAX como núcleo de sua frota e este acordo reforça ainda mais nossa longa e bem-sucedida parceria com a Boeing", afirmou a companhia brasileira no comunicado.

A Gol opera com frota única de aviões Boeing desde a fundação da empresa há cerca de 20 anos.

Segundo a companhia aérea, no primeiro trimestre do ano passado a paralisação da frota de 737 MAX determinada por agências reguladoras ao redor do mundo após as quedas das duas aeronaves, resultou na parada de 7 aeronaves 737 MAX da Gol e, também, "na não entrega de 25 aeronaves 737 MAX programadas para 2019. Isso impactou negativamente as operações da GOL, o seu crescimento e o seu plano de renovação da frota".

As ações da Gol encerraram o dia com oscilação positiva de 0,09%, cotadas a 11,46 reais, enquanto o Ibovespa fechou em alta de 1,4%.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas