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Governo vai injetar na economia menos do que outros países, diz presidente do Itaú

Pacote que soma cerca de R$ 750 bilhões corresponde a cerca de 2,6% do PIB brasileiro

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São Paulo

O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, afirmou nesta sexta-feira (17) que os cerca de R$ 750 bilhões projetados inicialmente para injeção na economia por parte do governo ainda é um volume inferior ao que governos de outros países estão praticando.

No final de março, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o governo destinaria o valor, que correspnde a 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto) à saúde e manutenção do emprego dos brasileiros. O ministro afirmou também que os recursos tendem a continuar subindo.

Segundo Bracher, é indiscutível a necessidade de injeção de recursos na economia em um primeiro momento, mas também será necessário um maior entendimento entre os poderes Executivo e Legislativo para passar segurança ao mercado de que haverá um controle da dívida pública sobre o PIB na saída da crise do coronavírus.

Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco; executivo afirma que é indiscutível a necessidade de injeção de recursos públicos - Zanone Fraissat - 2.dez.2019/Folhapress

“O desenho de gastos [em medidas emergenciais] do governo alcança 2% do PIB, em grosso modo, e eu acho que pelo menos isso será necessário. Ainda é menos do que eu vejo ser utilizado em outros países. O mais importante vai ser a credibilidade da austeridade fiscal que será imposta ao final da crise”, afirmou o presidente do Itaú em transmissão ao vivo.

O executivo também afirmou que os R$ 40 bilhões destinados ao pagamento dos salários das pequenas e médias empresas pela linha disponibilizada pelos bancos em conjunto com o governo desde o início do mês apresenta um limite razoável. Ele afirmou que outras medidas estão sendo pensadas para suprir a necessidade de recursos das grandes empresas.

A linha para financiamento da folha é voltada para empresas com faturamento anual de entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões e tem 85% dos recursos financiados pelo Tesouro Nacional.

“Na medida que as empresas vão ficando maiores, as soluções são mais complexas. Tem um fundo garantidor de crédito que já está sendo estudado e conversas com o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], onde temos que ver qual parte o setor privado assume e qual parte o setor público assume. Mas não dá para fugir do papo de que será necessária uma grande injeção de recursos públicos”, disse Bracher.

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