Medidas anticrise já anunciadas têm impacto de R$ 224,6 bilhões para as contas públicas
Auxílio de R$ 600 a informais é ação que demanda mais recursos, com R$ 98,2 bilhões estimados
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O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou nesta quinta-feira (2) que as medidas anticrise anunciadas pelo governo até agora têm impacto de R$ 224,6 bilhões para as contas públicas. Com isso, o resultado primário do governo já está estimado em um déficit de R$ 419,2 bilhões (ou 5,55% do PIB).
Caso confirmado, esse será o pior resultado da história. Até hoje, o maior rombo foi registrado em 2016. Naquele ano, o déficit foi de R$ 159,4 bilhões (em valores correntes), o que correspondeu a 2,5% do PIB.
O auxílio financeiro de R$ 600 a ser pago aos trabalhadores informais por três meses, é a maior iniciativa dentre as já anunciadas e vai demandar R$ 98,2 bilhões dos cofres públicos.
O programa antidesemprego vem em seguida, com R$ 51,2 bilhões em recursos. A ação tem como objetivo evitar demissões e, ao mesmo tempo, conceder um benefício do governo a quem tiver contratos de trabalho suspensos ou redução de jornada e salário.
O crédito para empresas pagarem folha de salários, a ser operado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), está em terceiro na lista ao demandar R$ 34 bilhões do Tesouro Nacional.
Dentre as outras medidas que entram na conta do governo está o repasse de R$ 16 bilhões aos fundos de participação dos estados (FPE) e dos municípios (FPM).
O governo federal deve repassar um percentual de impostos que recolhe a estados e municípios, mas a queda na arrecadação deste ano baixou o patamar. Mesmo assim, o governo vai garantir a transferência do mesmo montante do ano passado.
Além das medidas anticrise, entram na conta do resultado o próprio rombo previsto anteriormente (de R$ 127 bilhões), a liberação de valores que seriam contingenciados sem o estado de calamidade (R$ 37,6 bilhões) e a queda na arrecadação por conta da menor atividade econômica e da queda do preço do petróleo (R$ 30 bilhões).
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