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Educação financeira reduz uso de linhas mais caras de crédito, diz BC

Pesquisa foi feita com 25 mil estudantes de 892 escolas públicas em seis estados brasileiros

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Brasília

Um estudo do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (1º), identificou que alunos do ensino médio que receberam aulas de educação financeira usaram menos linhas mais caras de crédito, como cheque especial e rotativo do cartão de crédito.

De acordo com a pesquisa, o grupo de estudantes que teve acesso à matéria usou 9,03% menos cheque especial entre junho de 2016 e dezembro de 2019 (período avaliado pelo BC), em relação aos alunos que não tiveram.

O uso do rotativo do cartão de crédito foi 6,75% menor entre aqueles que tiveram educação financeira na escola.

Além disso, estudantes que participaram do projeto usaram 5,73% menos cartão de crédito em compras.

A pesquisa foi feita com 25 mil estudantes de 892 escolas públicas em seis estados brasileiros. A autoridade monetária realizou ação de educação financeira durante 17 meses, entre 2010 e 2011.

O acompanhamento foi feito até junho de 2019.

O BC formou pares de escolas parecidas entre si e, de cada um, foi sorteado um colégio para fazer parte da ação. Assim, foi possível fazer a comparação entre os alunos que estudaram educação financeira e os que não tiveram acesso à matéria.

O estudo mostrou que ter aulas de educação financeira não influenciou na decisão de ter ou não conta bancária.

"Interessante notar que, além de a posse de conta bancária variar positivamente com o tempo, os resultados sugerem que não existem diferenças estatisticamente significantes entre os grupos de controle e de tratamento", avaliou a pesquisa.

Entre dezembro de 2009 e dezembro de 2015, 75% dos estudantes abriram contas-correntes. Os jovens tinham entre 15 e 21 anos. ​Em janeiro de 2019, 96% tinham relacionamento com banco.

A pesquisa identificou também menor participação no mercado de trabalho formal entre alunos do grupo que não teve educação financeira na escola.

"Uma hipótese para tal é que a ação de educação financeira tenha incentivado os jovens a investirem em capital humano, aumentando sua propensão a cursarem o ensino superior, em vez de irem para o mercado de trabalho após a conclusão do ensino médio", analisou o documento.

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