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'Eu fico com um pé atrás quando escuto a palavra desigualdade', diz gestor da Alaska

Para Henrique Bredda, importa a criação de riqueza e a melhora da qualidade de vida na base, não a diferença entre ricos e pobres

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São Paulo

Para Henrique Bredda, gestor da Alaska, uma das maiores administradoras de investimento do país, a discussão a longo prazo para o Brasil não deve ser a desigualdade social, mas como gerar riqueza.

“Eu fico com um pé atrás quando escuto a palavra desigualdade. Eu não me importo se a camada mais sofrida do Brasil melhorar quatro vezes de qualidade de vida e a família Moreira Salles subir dez vezes de qualidade de vida. A desigualdade aumenta, mas você melhora a qualidade de vida da base. A discussão não deveria ser desigualdade, deveria ser criação de riqueza”, afirmou nesta sexta-feira (17) em evento organizado pela XP Investimentos.

Henrique Bredda, sócio fundador e gestor da Alaska Asset Management, é formado em engenharia naval e oceânica pela USP - Divulgação

“O que tem mais condição de tirar o Brasil da miséria é liberdade econômica, desburocratização, educação, empreendedorismo e capitalismo”, completou.

Ele aponta que, a curto prazo, são necessários auxílios do governo federal. “A pessoa acabou de perder o emprego e não tem como colocar comida na mesa, tem que mandar dinheiro para o cara não passar fome. É recurso no bolso de quem precisa”, diz Bredda.

Presente no debate, Ana Carla Abrahão Costa, economista especializada em finanças públicas e coordenadora do Comitê Econômico do Estado de São Paulo criado para gerir a crise do coronavírus, afirma ser necessário o debate sobre desigualdade.

“Quando a gente fala de um país melhor, é um país que gera oportunidades de forma mais equilibradas. A gente não pode achar que a desigualdade não é um problema no Brasil”, diz.

Ela afirma que o problema é o orçamento público destinado a grupos de interesse, com o Estado “mais preocupado em garantir privilégios para os que não precisam, do que garantir oportunidades dos que só tem o Estado, o que gera um problema de desigualdade”.

Segundo a economista, a solução está nas políticas públicas, com um Estado mais eficiente, que trazem a capacitação para as camadas mais baixas.

“Depois desses últimos quatro meses, em que a assimetria do impacto da pandemia foi tão grande sobre os mais pobres em relação mais ricos, escancaramos a ineficiência do país para prover igualdade, oportunidade e condições para que essa camada possa se desenvolver e ser motor de crescimento e, justamente, impulsionar a geração de riqueza do setor privado.”

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