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Dez estados dos EUA acusam Google de monopólio ilegal de anúncios online

Gigante da internet afirma que alegações são infundadas

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Washington | The New York Times

Dez estados americanos entraram nesta quarta (16) com processo contra o Google, sob a acusação de que a empresa abusa ilegalmente de seu monopólio da tecnologia que publica anúncios online.

“Vamos nos defender fortemente no tribunal dessas alegações infundadas”, afirmou Julie McAlister, porta-voz do Google.

Gigante da internet afirma que alegações são infundadas - REUTERS

San Francisco, Washington e Nova York e outros estados americanos governados por republicanos abriu uma nova frente nas ações antitruste dos EUA contra o Google, acusando o gigante da internet de abusar de seu monopólio sobre o mercado de publicidade online.

A queixa, apresentada em Tribunal Distrital dos EUA no Texas, também diz que o Google fez um acordo com Facebook para manipular leilões de anúncios. Segundo o processo, a partir de 2017, o Facebook passou a ser uma ameaça ao domínio do Google na publicidade online.

A empresa, do grupo Alphabet, propôs então que daria tratamento especial à rede social nos leilões de anúncios que administra em troca de a empresa de Mark Zuckerberg reduzir sua ofensiva no mercado.
“Vamos nos defender fortemente no tribunal dessas alegações infundadas”, afirmou Julie McAlister, porta-voz do Google.

O Facebook, que não é alvo do processo, não se pronunciou sobre o assunto. O processo afirma que o Google detém 90% do mercado de ferramentas para a venda de anúncios online. A empresa usaria esse poder para concentrar a negociação de publicidade.

“Se o livre mercado fosse um jogo de beisebol, o Google estaria posicionado como o arremessador, o rebatedor e o árbitro”, afirmou Ken Paxton, secretário de Justiça do Texas, em um vídeo no Twitter.

A acusação de que o Google trabalhou com o Facebook para dividir os lucros da publicidade reforça as alegações de que as maiores empresas de tecnologia agiram juntas para aumentar seu poder de mercado, à medida que os processos judiciais contra elas se multiplicam.

Os órgãos reguladores dos EUA e da Europa se concentram no papel excessivo que Amazon, Apple, Facebook e Google desempenham na economia moderna, moldando de tudo, desde como compramos a que informação e entretenimento recebemos.

Em outubro, o Departamento de Justiça dos EUA e 11 estados disseram que o Google mantinha ilegalmente o monopólio das máquinas de busca online e os anúncios que aparecem nos resultados para os usuários.

Na semana passada, a Comissão Federal de Comércio e mais de 40 estados acusaram o Facebook de
esmagar ilegalmente a concorrência ao adquirir rivais mais jovens e argumentaram que a companhia deveria ser dividida.

Outra ação contra o Google, movida por um grupo diferente de estados, deverá ocorrer em breve.

​A Apple e a Amazon também estão sob investigações federais antitruste.

O processo anunciado na quarta envolve um sistema, amplamente invisível para os consumidores, que conecta os compradores de espaço publicitário com vendedores em toda a internet. Quando um usuário da internet clica numa página da web, a tecnologia produzida pelo Google e outras empresas permite que o proprietário daquele site venda um anúncio naquela página em tempo real.

"As alegações do procurador Paxton sobre a tecnologia de publicidade não têm mérito, mas ele foi em frente apesar de todos os fatos", disse uma porta-voz do Google, Julie McAlister. "Vamos nos defender fortemente no tribunal destas alegações infundadas."

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

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