Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Arne Sorenson, executivo-chefe do Marriott, morreu inesperadamente aos 62 anos em sua casa, em Washington, na segunda-feira (15), depois de uma longa batalha contra o câncer.
Sorenson, que comandou o grupo hoteleiro desde 2012, revelou que recebeu diagnóstico de câncer do pâncreas em maio de 2019 e anunciou no início deste mês que deixaria a condução diária da companhia pois precisava de cuidados médicos intensivos.
Ele disse na época que quando recuperasse a saúde pretendia voltar à empresa em tempo integral.
A Marriott afirmou que a companhia está "chocada e devastada" por sua morte.
"Arne foi um executivo excepcional, mas mais que isso --foi um ser humano excepcional", disse Bill Marriott Jr., presidente-executivo do Marriott.
"Arne amava cada aspecto deste negócio e adorava o tempo que passava percorrendo nossos hotéis e se reunindo com associados ao redor do mundo. Ele tinha uma capacidade incrível de prever os rumos da indústria hoteleira e posicionar o Marriott para crescer."
Stephanie Linnartz, presidente do grupo Marriott para operações ao consumidor, e Tony Capuano, presidente do grupo para desenvolvimento global, que haviam substituído Sorenson enquanto ele estava de licença médica, continuarão dirigindo a empresa até que se encontre um novo executivo-chefe.
A companhia está lutando contra as repercussões de fechamentos em seus 7.500 hotéis devido à pandemia. Ela disse que espera anunciar a nomeação dentro de duas semanas.
Sorenson ganhou aplausos por sua reação empática à crise da pandemia que atingiu a indústria hoteleira, forçando o Marriott a demitir milhares de empregados. Em um vídeo emotivo de 6 minutos, divulgado em março passado, ele disse que a Covid-19 tinha atingido a companhia mais duramente do que a Grande Depressão ou a Segunda Guerra Mundial, e anunciou que ele não receberia salário pelo restante de 2020.
Sorenson foi o primeiro chefe do Marriott que não veio da família Marriott. Ele entrou para a empresa em 1996, tendo atuado antes como advogado na firma Latham & Watkins.
Ele deteve vários cargos no Marriott antes de assumir o mais graduado, onde supervisionou a aquisição pelo grupo, por US$ 13,6 bilhões, da Starwood Hotels & Resorts em 2016, tornando o Marriott o maior grupo hoteleiro do mundo em número de quartos.
Sorenson também ocupou o conselho da Microsoft, foi fiduciário da Brookings Institution e teve um papel proeminente representando interesses empresariais em Washington como membro da Business Roundtable. Ele deixa mulher e quatro filhos.
Sua morte provocou elogios de colegas, concorrentes e outros líderes empresariais, incluindo a executiva-chefe da GM, Mary Barra, e o chefe da Cisco, Chuck Robbins. Doug McMillon, executivo-chefe da Walmart, lembrou de Sorenson como um "líder empresarial melhor da classe", ousado e compassivo, enquanto Josh Bolten, executivo-chefe da Business Roundtable, elogiou seu "foco incansável" no bem-estar dos trabalhadores.
Líderes políticos de Maryland, onde fica a sede do Marriott, saudaram as contribuições dele à comunidade, incluindo a participação na força-tarefa de recuperação do coronavírus do governador Larry Hogan enquanto lutava contra sua doença.
Traduzido por Luiz Roberto M. Gonçalves
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters