Siga a folha

Descrição de chapéu Caixa Econômica Federal

Presidente da Caixa ignora denúncias de assédio e participa de evento com a esposa

Pedro Guimarães agradeceu à mulher, mencionou filhos e disse que é pautado pela ética

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, ignorou as denúncias de assédio sexual e levou a esposa para um evento fechado sobre o Plano Safra nesta quarta-feira (29).

Na abertura, Guimarães agradeceu a presença da mulher, Manuella Pinheiro Guimarães, mencionou os filhos e disse ter uma vida pautada pela ética.

"Agradeço a minha esposa, de uma maneira muito clara. São 20 anos juntos, dois filhos, e uma vida inteira pautada pela ética", afirmou.

Ao final da fala, o presidente da Caixa levantou o crachá para a plateia e disse: "Meu crachá".

Pedro Guimarães, presidente da Caixa, em evento no Palácio do Planalto - Antonio Molina - 12.jan.2022/Folhapress

Após a participação de Guimarães, o mestre de cerimônias agradeceu a presença da esposa dele. Manuella Pinheiro Guimarães é filha do empreiteiro Léo Pinheiro, da antiga OAS.

As denúncias de assédio contra o presidente do banco foram reveladas nesta terça-feira (28) pelo portal Metrópoles, que relata a existência de uma investigação no Ministério Público Federal.

Depois que o caso veio à tona, a Caixa cancelou a coletiva de imprensa que estava marcada para esta quarta sobre o Ano Safra 2022/23, com a presença do presidente.

A cerimônia foi fechada para funcionários do banco. A Folha teve acesso à transmissão do evento pela internet.

Uma funcionária do banco disse à Folha que os assédios do presidente da Caixa aconteciam diante de todos, dentro e fora da instituição.

A mulher, que pediu para ter o nome preservado por receio de retaliação, afirma que ficou em choque depois que Guimarães a puxou pelo pescoço e disse que "estava com muita vontade" dela.

"Depois, em outro momento, ele já passou a mão pela minha cintura e foi abaixando, mas saí antes que piorasse", afirmou.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas