Disney ultrapassa Netflix, inflação nos EUA surpreende e o que importa no mercado
Leia a edição da newsletter FolhaMercado desta quinta-feira (11)
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Esta é a edição da newsletter FolhaMercado desta quinta-feira (11). Quer recebê-la de segunda a sexta, às 7h, no seu email? Inscreva-se abaixo:
Disney tira liderança da Netflix
O conjunto de streamings da Disney (Disney+, Hulu e ESPN+) superou a Netflix em número de assinantes pela primeira vez na história. A empresa também anunciou que vai lançar um plano com anúncios até o fim do ano.
O resultado foi divulgado no balanço da companhia para o segundo trimestre, que teve lucro e receita acima das expectativas puxados por mais visitantes em seus parques.
Em números: a Disney encerrou o mês de junho com 221,1 milhões de assinantes (152,1 milhões só no Disney+), enquanto a Netflix viu sua base diminuir no trimestre para 220,7 milhões.
- A empresa fundada por Walt Disney também rebaixou em 15 milhões suas projeções para o total de assinantes até o final de setembro de 2024.
Novidade: diante de um freio no número de novos clientes que acomete todo o setor, principalmente nos EUA, a empresa anunciou um plano para reduzir seu prejuízo no segmento:
- O preço atual da assinatura nos EUA, de US$ 7,99, continuará nesse patamar para o plano com propagandas, que será lançado em dezembro, mês em que a versão sem anúncios custará US$ 3 a mais.
O que explica: as principais empresas do streaming têm aderido às versões com anúncios para ou evitar a perda de assinantes (Netflix) ou diminuir seu prejuízo (Disney).
A HBO, outra força do setor, tem ideias ainda mais radicais: além de um severo corte de custos, a empresa deve anunciar em breve o fim dos seus dois streamings (HBO Max e Discovery+) para criar um novo.
- Ele teria uma versão totalmente gratuita e recheada de propagandas, nos moldes do YouTube, além dos atuais modelos: um pago e com poucos anúncios e outro mais caro sem nenhuma interrupção.
Inflação nos EUA anima mercados
A inflação ao consumidor americano ficou estagnada em julho e surpreendeu analistas, que previam alta de 0,2% para o mês. Em 12 meses, a taxa foi de 8,5%, uma queda ante à de 9,1% registrada em junho.
O resultado animou os mercados, que tiveram um dia de ganhos mundo afora.
O que explica: assim como aconteceu no Brasil, a queda nos preços dos combustíveis nos EUA ajudou o índice a perder força, mas a alta dos alimentos preocupa.
Por que importa: o alívio na inflação levou parte dos analistas a prever uma alta menor de juros nos EUA na próxima reunião do Fed –algo que também depende de um freio no mercado de trabalho.
- Previsão de menos juros tira força do dólar e aumenta o apetite ao risco mundo afora, beneficiando as Bolsas.
No Brasil, o Ibovespa subiu 1,46% nesta quarta, a 110.235 pontos, e o dólar caiu 0,79%, a R$ 5,08, mas chegou a encostar nos R$ 5,03 durante o dia.
Após o fim do pregão, o BB (Banco do Brasil) reportou lucro líquido ajustado de R$ 7,8 bilhões no segundo trimestre de 2022, alta de 54,8% ante o mesmo período de 2021 e de 18% em relação aos três meses anteriores. O banco também aumentou sua previsão de lucro para 2022.
A inflação no Brasil:
- Mesmo com a perda de ritmo, o IPCA deve seguir pressionado e chegar perto de 8% no acumulado até setembro, na véspera das eleições, avaliam economistas.
- No ranking das maiores inflações entre as principais economias, Brasil é o 4º.
- Quão longa será a maratona do combate à inflação? Leia a opinião da colunista Solange Srour
Musk vende US$ 7 bi em ações da Tesla
Elon Musk vendeu mais ações da Tesla. Desta vez, foram cerca de US$ 7 bilhões (R$ 35,8 bilhões), de acordo com documento que grandes acionistas são obrigados a divulgar.
Em abril, ele já havia se desfeito de US$ 8,5 bilhões em papéis da companhia.
O que explica: pelo Twitter, o bilionário afirmou que a operação foi feita para evitar uma venda emergencial de ações da montadora no futuro, em um cenário que ele seja obrigado pela Justiça a comprar a rede e alguns parceiros no negócio não cumpram o que foi combinado.
- Musk também prometeu recomprar as ações que vendeu caso o negócio envolvendo a rede social vire pó. Os papéis da companhia acumulam queda de 27% no ano.
Relembre: na época que ele ainda afirmava querer comprar o Twitter, Musk tinha alinhavado como financiamento para a operação uma parcela em dinheiro, uma ajudinha de US$ 7 bilhões de amigos e mais US$ 13 bi de bancos.
Culpar os bancos, aliás, é uma das estratégias do bilionário que serão usadas nos tribunais para não ser obrigado a comprar o Twitter.
- A ideia é mostrar que as instituições se recusaram a emprestar o dinheiro, o que abriria a brecha para Musk pagar a taxa de US$ 1 bilhão estipulada pelo contrato e encerrar o caso.
- Um juiz ordenou o início de um julgamento em outubro.
TikTok ameaça Google
Acessar o Google, mais especificamente o Google Maps, costuma ser a primeira opção de quem está procurando um lugar para jantar ou algum outro tipo de serviço. Não é o caso da Geração Z (nascidos a partir de 2000).
Quem diz isso é o próprio vice-presidente sênior do Google. Em uma conferência nos EUA, ele afirmou que quase 40% dos mais jovens, ao procurar um lugar para almoçar, entram primeiro no TikTok ou Instagram, segundo relatou o site TechCrunch.
O que explica: os jovens passam mais tempo no TikTok e preferem o formato de conteúdo do app chinês, com vídeos curtos – modelo que inspirou o "Reels" do Instagram.
- A avaliação em vídeo tem a ver com uma questão de neurocompatibilidade, ou seja, essa geração consome e produz esse conteúdo, conta à Folha Rejane Toigo, social media e fundadora da Like Marketing.
E o Google? A empresa também tem sua ferramenta de vídeos curtos, o YouTube Shorts, que ainda não deslanchou.
- A companhia diz que lançou no fim de julho o Feed do Google, "um lugar em que você pode ficar informado sobre seus interesses de forma personalizada, prática e fácil".
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters