Lula escolhe petista Wellington Dias para ministério pleiteado por Tebet
Ex-governador do Piauí ficará com Desenvolvimento Social e senadora segue com futuro indefinido
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O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escolheu o senador Wellington Dias para chefiar o Ministério do Desenvolvimento Social, deixando de fora a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que pleiteava a pasta.
O MDB não foi comunicado da decisão. Terceira colocada na corrida presidencial, com 4,2% dos votos, Tebet se engajou na campanha de Lula durante o segundo turno.
Petistas atribuem a ela um papel relevante na atração de votos de centro para a eleição de Lula.
Nomeá-la a um ministério seria ainda uma forma de fazer jus à chamada frente ampla que Lula diz querer formar na sua gestão.
Na segunda-feira (19), Tebet conversou com a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e reafirmou a vontade de comandar o Ministério do Desenvolvimento Social.
A senadora, no entanto, ouviu que o PT queria comandar a pasta. A justificativa de Gleisi foi a de que o novo governo foi eleito com o mote de combate à fome e não poderia prescindir do ministério que será chave nessa área. O Desenvolvimento Social será responsável, entre outras políticas, pela recriação do Bolsa Família.
Na mesma conversa, Gleisi perguntou se Tebet gostaria de chefiar o Meio Ambiente, mas a senadora indicou recusar, pois não gostaria de confrontar Marina Silva (Rede-AP), principal cotada para a pasta. Marina e Tebet fizeram campanha para Lula juntas no segundo turno.
Há a expectativa de que Lula se reúna com integrantes da Rede e do MDB para definir não só a situação de Tebet, mas também a de Marina —que, por sua vez, foi eleita deputada federal por São Paulo, esteve na COP27 com o presidente eleito e já chefiou a pasta na primeira gestão petista, porém enfrenta resistência dentro do partido.
Wellington Dias foi governador do Piauí por quatro mandatos e, neste ano, foi eleito senador pela segunda vez —ele ocupou cadeira no Senado entre 2011 e 2014.
Também aguardam o anúncio Nísia Trindade, na Saúde, Anielle Franco, na Igualdade Racial, Silvio Almeida, nos Direitos Humanos.
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