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Ex-fuzileiro criou experimento conhecido como 'paradoxo Ellsberg'

Daniel Ellsberg, ex-analista do Departamento de Defesa dos EUA, morto aos 92 anos, vazou documentos do Pentágono sobre Guerra do Vietnã

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São Paulo

Morto nesta sexta-feira (16), aos 92 anos, o analista militar norte-americano Daniel Ellsberg tornou-se conhecido por vazar os "Papéis do Pentágono", documentos confidenciais, revelando as mentiras do governo dos Estados Unidos sobre a Guerra do Vietnã.

Na juventude, Ellsberg recebeu uma bolsa para estudar em Harvard, em 1948. Obteve três formações, serviu no Corpo de Fuzileiros Navais e trabalhou no Pentágono e na Rand Corporation, um influente "think tank" de pesquisa política.

Daniel Ellsberg durante coletiva em Londres, em 2010 - Leon Neal/AFP

Ele formulou um experimento que ficou conhecido como "paradoxo de Ellsberg". Em síntese, em um dos cenários cem bolas são colocadas em duas urnas (A e B). Na urna A, são postas 50 bolas vermelhas e 50 bolas pretas. Na B, também há cem unidades, mas em proporção desconhecida.

Ao participante são oferecidas opções como ganhar uma recompensa de US$ 100 (R$ 482) se a bola vermelha for sorteada da urna A, se uma bola preta for retirada da urna A, se uma bola vermelha for retirada da urna B ou se uma bola preta for retirada da urna B.

Normalmente, os participantes optavam pelas apostas que envolviam a urna em que sabiam a quantidade de bolas vermelhas e pretas, independentemente da cor das bolas escolhidas.

A interpretação era que a escolha se dava por uma aversão à ambiguidade ou incerteza. As pessoas tendem a evitar situações em que não conseguem mensurar a probabilidade de atingir um determinado resultado.

Publicado em 1961, na revista de pesquisa econômica The Quarterly Journal of Economics, o artigo de Ellsberg propõe que as pessoas preferem tão apaixonadamente uma informação definida em vez da ambiguidade, que fazem escolhas que não são consistentes com as leis da probabilidade.

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