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Principais jornais dos EUA mantêm negociações conturbadas com criadora do ChatGPT

Grandes veículos tentam licenciar conteúdo para OpenAI, mas acordo sobre preço e termos de uso gera ruído

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Benjamin Mullin
Nova York | The New York Times

Há meses, alguns dos maiores players da indústria de mídia dos Estados Unidos têm mantido conversas confidenciais com a OpenAI sobre uma questão complicada: o preço e os termos para licenciar seu conteúdo para a empresa de inteligência artificial.

O véu sobre essas negociações foi levantado esta semana quando o The New York Times processou a OpenAI e a Microsoft por violação de direitos autorais, alegando que as empresas usaram seu conteúdo sem permissão para desenvolver produtos de IA.

Edições de New York Post, The New York Times e Wall Street Journal, na ocasião da morte da rainha Elizabeth 2ª, em banca na cidade de Nova York - Andrea Renault/AFP

O Times afirmou que, antes de processar, tentou por meses chegar a um acordo com as empresas. Outras organizações de notícias, incluindo a Gannett, a maior empresa de jornais dos Estados Unidos; a News Corp., proprietária do The Wall Street Journal; e a IAC, a gigante digital por trás do The Daily Beast e da editora de revistas Dotdash Meredith, têm mantido conversas com a OpenAI, disseram três pessoas próximas às negociações, que pediram anonimato para discutir as conversas confidenciais.

A News/Media Alliance, que representa mais de 2.200 organizações de notícias na América do Norte, também tem conversado com a OpenAI sobre a criação de um acordo que atenda aos interesses de seus membros, disse uma pessoa familiarizada com as conversas.

A Microsoft, que é a maior investidora da OpenAI e está incorporando a tecnologia da startup de inteligência artificial em seus produtos, também participou de encontros de negociação.

Empresas como a OpenAI e a Microsoft têm buscado acordos de licenciamento com organizações de notícias para treinar sistemas de IA capazes de produzir textos semelhantes aos escritos por humanos.

Em comunicado, a OpenAI afirmou que respeita os direitos dos criadores e proprietários de conteúdo e acredita que eles devem se beneficiar da tecnologia de IA, citando seus acordos com a Associated Press e o conglomerado editorial alemão Axel Springer.

Os editores de notícias mantêm relações precárias com empresas de tecnologia desde que perderam grande parte de seus negócios tradicionais de publicidade para novos concorrentes como o Google e o Facebook, e os executivos de jornais estão cautelosos em vender seus conteúdos por um preço muito baixo.

Há também o medo de que as aplicações de IA possam fornecer informações imprecisas citando seus artigos.

O acordo com a AP, anunciado em julho, permite que a OpenAI licencie o arquivo de notícias da AP.

A Axel Springer, cujas holdings incluem o Politico e o Business Insider, foi além: neste mês, fechou um acordo de vários anos que deu à OpenAI acesso ao seu arquivo de notícias e permitiu que a empresa de IA usasse artigos recém-publicados em aplicativos como o ChatGPT. O acordo, que inclui uma "taxa de desempenho" com base em quanto a OpenAI usa seu conteúdo, vale mais de US$ 10 milhões por ano, disse uma pessoa familiarizada com o acordo.

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