Siga a folha

Descrição de chapéu Bloomberg

Volkswagen anuncia fim da garantia de emprego nas fábricas da Alemanha

Acordo feito há três décadas prometia que trabalhadores ficariam em seus postos até 2029

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Bloomberg

A Volkswagen encerrou um acordo de três décadas que garantia o emprego dos trabalhadores nas fábricas da Alemanha até 2029. A medida faz parte do plano de corte de custos, preparando um confronto com os sindicatos enquanto a indústria mais importante do país luta por seu futuro.

Na terça-feira (10), a montadora cancelou vários acordos vinculados a um pacto de três décadas que deveria salvaguardar empregos até 2029, disse a VW. As garantias acabarão no meio do próximo ano.

Operário faz limpeza de carro em fábrica da Volkswagen na Alemanha; empresa planeja fechar fábricas no país pela primeira vez na história - AFP

Acabar com a garantia de emprego em uma empresa sinônimo de excelência em engenharia alemã sinaliza o quanto a maior economia da Europa ficou para trás em termos de competitividade. Na semana passada, a VW também anunciou planos de fechar fábricas na Alemanha pela primeira vez em 89 anos de história após medidas anteriores de corte de custos não terem surtido efeito.

Os movimentos têm como objetivo "reduzir os custos na Alemanha a um nível competitivo", disse o chefe de recursos humanos da VW, Gunnar Kilian.

O principal alvo da montadora é sua marca de carros de passeio homônima, cujo lucro está sendo pressionado em meio a uma transição vacilante para veículos elétricos e uma desaceleração no consumo. As montadoras na Europa também estão lutando para competir com a Tesla e novos concorrentes da China liderados pela BYD.

Os cortes na VW são mais difíceis de implementar do que em outras empresas. Metade dos assentos no conselho de supervisão da empresa são ocupados por representantes dos trabalhadores, e o estado alemão da Baixa Saxônia —que possui uma participação de 20%— costuma se alinhar com os sindicatos.

A montadora, que emprega quase 300 mil pessoas na Alemanha, defendeu seus planos de fechamento na semana passada, dizendo que as vendas de carros em queda deixaram-na com duas fábricas a mais.

"Vamos resistir ferozmente a este ataque histórico aos nossos empregos", disse Daniela Cavallo, principal representante dos funcionários da VW e membro do conselho de supervisão, em um comunicado separado. "Conosco, não haverá demissões."

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas