Siga a folha

Marine Le Pen quer mudar nome de Frente Nacional para Reunião Nacional

Título de honra que havia sido concedido a Jean-Marie Le Pen, pai de Marine, foi abolido

Marine Le Pen em reunião da Frente Nacional francesa - Pascal Rossignol /Reuters

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Lille | AFP

Marine Le Pen, candidata derrotada por Emmanuel Macron nas eleições de 2017, foi reeleita como presidente da principal agremiação de ultradireita da França, a Frente Nacional, e propôs a mudança do nome do partido para Reunião Nacional.

Le Pen, 49, era candidata única. Em discurso, ela defendeu que o nome da FN mudasse para Rassemblement National (Reunião Nacional), a fim de facilitar a negociação de alianças no futuro.

A votação aconteceu por correspondência e o resultado foi proclamado neste domingo (11) durante o congresso do partido em Lille. 

No mesmo evento, a legenda aboliu o título de presidente de honra que era atribuído ao pai de Le Pen e cofundador da agremiação, Jean-Marie Le Pen, 89. Pai e filha estão rompidos —o político mais velho chama a herdeira de traidora da agremiação e foi barrado do congresso.

Os quase 1.500 militantes que foram a Lille, norte da França, aprovaram por 79,7% dos votos (20,2% contra) o novo estatuto que suprime a presidência honorária, anunciou o vice-presidente da legenda, Jean-François Jalkh.

O título havia sido concedido a Jean-Marie Le Pen, que presidiu o partido da fundação, em 1972, até 2011, quando Marine Le Pen assumiu.

O afastamento do fundador, bem como a proposta de mudança de nome, fazem parte de uma tentativa da dirigente para afastar a agremiação de sua antiga imagem de antissemita.

Com as mudanças, ela pretende transformar a legenda em "um partido de governo", após ter recebido 11 milhões de votos no segundo turno, um recorde para o partido que reavivou temores do crescimento do populismo na Europa.

"O nome Frente Nacional está associado a uma história épica, gloriosa, que ninguém deve renegar", disse ela. "Mas vocês sabem que para muitos franceses ele funciona como uma barreira psicológica."

A alteração, que será submetida a votação pelo correio, conta com o apoio de 52% dos filiados ao partido, segundo dados da legenda.

BANNON

Steve Bannon, ex-assessor do presidente dos EUA, Donald Trump, e uma das principais figuras da ultradireita americana, foi convidado a discursar no congresso.

O americano afirmou, no evento, que a sobrinha de Marine Le Pen tem um grande futuro pela frente e é uma estrela em ascensão na direita. Os dois haviam se encontrado em um congresso conservador em Washington, no qual Marion Maréchal-Le Pen, 28, discursou.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas