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Descrição de chapéu Coreia do Norte

Coreias vão realizar encontro de famílias separadas pela guerra

A reunião deve acontecer em agosto, com a participação de cem pessoas de cada lado

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Seul | Reuters

Delegações de Seul e de Pyongyang concordaram nesta sexta-feira (22) em realizar os primeiros reencontros em três anos de famílias que foram separadas pelos conflitos da Guerra da Coreia, que duraram de 1950 a 1953.

As reuniões, que foram agendadas para o período entre 20 e 26 de agosto, são uma questão delicada, especialmente para familiares idosos que participam de encontros emotivos depois de décadas de separação, e ocorrem de forma esporádica em épocas de boas relações entre as duas Coreias —a última foi em 2015. 

As organizações da Cruz Vermelha dos dois países serão responsáveis por organizar os encontros e selecionar as cerca de 200 pessoas que devem participar, disseram as entidades em comunicado conjunto depois de uma reunião entre as delegações.

Os reencontros estão entre as medidas prometidas pelo ditador norte-coreano Kim Jong-un e o presidente sul-coreano Moon Jae-in, que realizaram dois encontros este ano, um em abril e outro em maio. Também são parte dos esforços diplomáticos que começaram no início do ano para melhorar as relações bilaterais entre os vizinhos, após o aumento da tensão na região em 2017 em decorrência do programa nuclear e de mísseis de Pyongyang.

As tensões entre os vizinhos se amenizaram também após a cúpula entre Kim e o presidente americano Donald Trump feita no dia 12 em Singapura, na qual os dois líderes concordaram em trabalhar para a desnuclearização da península Coreana.

"O mundo todo está admirado com os desdobramentos incríveis entre a Coreia do Norte e do Sul", disse Pak Yong-il, líder da delegação norte-coreana nas conversas realizadas em um hotel no Monte Kumgang, destino turístico da Coreia do Norte.

O local também deve receber os reencontros e a previsão é que cem pessoas de cada nação sejam escolhidas para rever os parentes.  Os primeiros reencontros foram realizados em 1985, e cerca de 20 deles já ocorreram desde então, mas a piora na relação entre os dois lados paralisou as ações. .

Autoridades sul-coreanas pediram muitas vezes que as visitas fossem retomadas por serem "uma questão humanitária e de direitos humanos", especialmente porque muitos dos indivíduos já estão na faixa dos 80 e 90 anos.

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