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Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Brasil deixa Pacto Global de Migração da ONU

Chanceler já tinha defendido a retirada do país do acordo, que não é vinculante

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Brasília | Reuters

O Brasil deixou o Pacto Global de Migrações da ONU, se juntando assim aos Estados Unidos e a outros países que também se retiraram do acordo, que foi criticado pelo governo de Jair Bolsonaro.  

A agência de notícias Reuters confirmou a informação com um diplomata brasileiro informado do assunto, que não quis se identificar.

 
O chanceler Ernesto Araújo, em Brasília - Adriano Machado/Reuters

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, já tinha afirmado em dezembro, antes de Bolsonaro tomar posse, que pretendia retirar o país do acordo. 

Na ocasião, o chanceler disse que o pacto internacional é um "instrumento inadequado" para lidar com a questão e que os países devem estabelecer suas próprias políticas. Procurado pela Reuters nesta terça, o Itamaraty não quis comentar a questão. 

Com um recorde de 21,3 milhões de refugiados em todo o mundo, a ONU começou a trabalhar no acordo não-vinculante depois de mais de 1 milhão de pessoas chegarem à Europa em 2015, muitos fugindo da guerra na Síria e da fome na África.

O acordo, que trata de questões sobre como proteger melhor os migrantes, como integrá-los a sociedade e estabelece regras para enviá-los de volta a seus países de origem, tem sido criticado por representantes da direita radical na Europa, como o premiê húngaro Viktor Orbán e o vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini.

Segundo eles, o documento poderá aumentar a imigração para o continente. 

Todos os 193 membros da ONU, exceto os EUA, concordaram com o texto do pacto em julho, mas somente 164 o ratificaram formalmente, entre eles o Brasil —o ex-presidente Michel Temer era um defensor do acordo. 

Na segunda (6) o papa Francisco também tinha defendido o acordo e, sem citar ninguém diretamente,  criticado países que tomam ações isoladas para tentar resolver a questão da migração. 

Araújo já disse que o Brasil continuará a aceitar refugiados da vizinha Venezuela, mas que o ponto fundamental é restaurar a democracia no país.

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