Nigéria reelege Muhammadu Buhari e rejeita opositor marcado por corrupção
Eleição deixou 39 mortos e 128 presos, segundo grupos da sociedade civil
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, foi reeleito para um segundo mandato à frente do país mais populoso da África, onde eleitores rejeitaram o candidato da oposição, marcado por escândalos de corrupção, em favor do líder que prometeu continuar o combate contra propinas.
Pouco após a meia-noite de quarta-feira (27), no horário local, as autoridades responsáveis pelo processo eleitoral finalizaram a contagem dos votos. Buhari derrotou Atiku Abubakar por uma ampla margem em um pleito marcado por episódios de violência.
Grupos da sociedade civil locais detectaram uma série de irregularidades durante a votação no último sábado (23), mas observadores internacionais afirmaram no início da semana que os problemas provavelmente não tiveram alcance suficiente para afetar o resultado.
Apoiadores de Abubakar acusaram o partido de Buhari de falsificar títulos eleitorais e rejeitaram os resultados da votação de alguns estados.
Na noite de terça-feira (26), o partido do candidato derrotado exigiu que a contagem dos votos fosse interrompida.
Segundo organizações não-governamentais, ao menos 39 pessoas foram mortas no dia da eleição em várias partes do país. Uma das vítimas era um jovem que trabalhava na seção eleitoral e foi atingido por uma bala perdida.
As eleições na Nigéria foram em grande parte um referendo sobre a honestidade dos candidatos. Os nigerianos novamente se mobilizaram em torno de um candidato que levou uma vassoura aos comícios e prometeu "varrer" a corrupção que tem manchado a reputação do país no exterior.
Abubakar, 72, é um ex-vice-presidente que os Estados Unidos consideram tão corrupto que lhe negaram por vários anos vistos de entrada no país.
Mas sua campanha focou uma questão que era importante para muitos eleitores: melhorar a economia. Suas propostas incluíam privatizar alguns serviços prestados pelo governo e adotar um câmbio flutuante.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters