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Ataque a boate no México deixa 15 mortos e 4 feridos

Crime ocorreu em região marcada pela disputa entre governo e grupos que praticam roubo de combustível

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Guanajuato (México) | AFP

Pelo menos 15 homens morreram e quatro ficaram feridos na madrugada deste sábado (9) após um ataque armado a uma boate em Salamanca, no estado mexicano de Guanajuato.

"Foram 15 homens mortos", disse à AFP, por telefone, Juan José Martínez, porta-voz da Procuradoria de Guanajuato, onde atuam grupos que se dedicam ao roubo de combustível e alvos de uma forte operação policial e militar.

Marcas de sangue na entrada da boate La Paya, onde 15 pessoas foram mortas - Sergio Maldonado/Reuters

Os homens abriram fogo ao chegarem à boate La Playa e fugiram em seguida. Três homens e uma mulher foram levados para um hospital da região. Os feridos ainda não foram identificados.

De acordo com testemunhas ouvidas pela mídia local, cerca de 20 pessoas na boate, e os atiradores tinham seus rostos cobertos.

A boate fica localizada em uma área residencial e comercial da cidade de Salamanca, de cerca de 140 mil habitantes.

O ataque aconteceu horas depois de uma visita do presidente Andrés Manuel López Obrador a Guanajuato, onde participou de um ato público na sexta-feira (8) à tarde.

Roubo de combustível

Por Salamanca passa o principal duto da estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) em Guanajuato, e a cidade é uma das zonas onde atuam grupos dedicados ao roubo de combustível. Esse tipo de crime cresceu muito nos últimos anos no México, provocando perdas de mais de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 11,6 bilhões).

A cidade fica a menos de 100 km do município de Santa Rosa de Lima, onde policiais e militares realizaram uma operação contra Juan Antonio Yépez, apelidado de "El Marro" e  suposto líder de um cartel dedicado ao roubo de combustível.

Andrés Manuel López Obrador, 65, acena após ser empossado presidente do México em cerimônia no dia 1º de dezembro de 2018 - Alfredo Estrella/AFP

López Obrador, um esquerdista de 65 anos que assumiu a presidência em 1º de dezembro, lançou uma operação contra os traficantes de combustível ao mesmo tempo em que ordenou o fechamento de oleodutos para evitar que os mesmos fossem saqueados, o que provocou falta de gasolina em vários estados, especialmente no centro do país.

A gasolina foi distribuída em navios-tanque e os dutos foram reabertos à medida que a vigilância foi reforçada.

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