Siga a folha

Rússia deixa tratado nuclear que foi marco do fim da Guerra Fria

Em janeiro, EUA também disseram que se retirariam do pacto de desarmamento

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Moscou | Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto que suspende a participação da Rússia no INF (sigla inglesa para Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário), um dos principais acordos de desarmamento nuclear da história, anunciou o Kremlin nesta segunda-feira (4). 

Firmado entre os Estados Unidos e a União Soviética em 1987, o acordo foi um marco do fim da Guerra Fria.

A Rússia já havia anunciado, no mês passado, que iria suspender sua participação no tratado depois que os Estados Unidos disseram que iriam se retirar do pacto sob o pretexto de violações russas ao acordo. 

Carro de desfile de carnaval na Alemanha nesta segunda (4) representa Vladimir Putin e Donald Trump rasgando o acordo INF - Wolfgang Rattay/Reuters

A Rússia nega ter descumprido o tratado e tem afirmado que Washington quer romper sozinho com o acordo. Washington anunciou na sexta que sairia do INF (sigla em inglês para Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário) em seis meses, a menos que Moscou encerre o que considera violações do acordo

​Putin ordenou a suspensão da Rússia até que os EUA parem de violar o tratado e instruiu o Ministério de Relações Exteriores russo a informar os signatários sobre a decisão, segundo o texto do decreto.

O INF levou à eliminação de 1.846 ogivas soviéticas e 846 americanas até 1991. Na prática, contudo, os dois países seguiram desenvolvendo armas com capacidades análogas às dos mísseis proibidos. Não só eles: vários países, incluindo a potência nuclear China, operam tais foguetes. ​

No dia 31 de janeiro, Washington anunciou que sairia do INF em seis meses, a menos que Moscou encerre o que considera violações do acordo.  

Para os americanos, os russos violaram o combinado após testar o míssil de cruzeiro 9M729, de alcance estimado em 2.000 km, em 2015, e de tê-lo instalado perto de fronteiras europeias em 2017. O INF veta qualquer míssil com alcance entre 500 km e 5.500 km na região.

Na época, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, também acusou os Estados Unidos de violarem os termos do INF e de outros acordos armamentistas, como o tratado de não proliferação. ​

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas