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Rio Paraguai transborda e inunda mais de 200 casas em Assunção

Nível da água sobe rapidamente e atinge bairro que não costuma ser alvo de enchentes

Enchente em área da cidade de Assunção após cheia do rio Paraguai - Jorge Adorno/Reuters
 

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Assunção e São Paulo | AFP

Uma inundação atípica produzida pelo fenômeno El Niño derrubou um muro de contenção em Assunção, no Paraguai, o que fez com que a enxurrada entrasse com força em cerca de 200 casas, na segunda-feira (15). Não houve mortos. 

O bairro atingido, chamado Sajonia, fica a 3 km do palácio presidencial, também localizado perto do rio Paraguai. A região não costumava alagar. 

O nível do rio aumentou depois de fortes chuvas. A água subiu durante a madrugada, de modo que os moradores tiveram pouco tempo para escapar. Há relatos de casas que ficaram submersas em menos de 40 minutos. Isso gerou enormes perdas materiais, segundo a Secretaria de Emergência Nacional (SEN). 

Segundo relatos na imprensa local, militares dispararam tiros para o alto para alertar os vizinhos de que eles precisavam sair. 

Menina anda em rua alagada em Assunção - Norberto Duarte/AFP

A subida do nível do rio afetou cerca de 25 mil famílias que vivem perto do rio Paraguai, em vários pontos do país. O rio cruza o território paraguaio por cerca de 1.000 km e desemboca no rio Paraná, na fronteira com a Argentina, cerca de 500 km ao sul de Assunção. 

A maioria das vítimas na capital foi de famílias de classe média. Para tentar salvar seus pertences, como roupas, eletrodomésticos e móveis, pessoas alugam botes e lanchas para irem até suas casas, ainda cobertas pela água. Algumas pessoas carregam as coisas nos ombros, com a água na altura do peito. 

Segundo o jornal local Ultima Hora, o medo dos moradores é que ladrões roubem as casas alagadas durante a noite, mesmo com as residências ainda submersas. 

O muro de proteção, de dois metros de altura, havia sido erguido com escombros e sacos de areia, como medida de prevenção, "mas as infiltrações terminaram por destruir a estrutura", disse Ricardo Maidana, porta-voz da SEN. 

O Departamento de Meteorologia do Paraguai estima que a água deve começar a baixar nos próximos dias, já que não se prevê chuvas intensas. No entanto, o rio deve seguir com nível de água elevado até o meio do ano.

Vista aérea de área alagada em Assunção - Jorge Adorno/Reuters

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