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Facebook bane 65 perfis de grupo israelense usados para disseminar notícias falsas

Valores relacionados a anúncios de contas somam US$ 812 mil e foram pagos, em parte, em reais

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Jerusalém | Reuters

O Facebook anunciou nesta quinta-feira (16) o banimento de 265 contas, páginas, grupos e eventos no Facebook e no Instagram devido ao que a plataforma classificou como "comportamento inautêntico". As publicações, oriundas de perfis em Israel, tinham como alvo usuários no Sudeste Asiático, América Latina e África. 

A medida é parte de esforços do Facebook para tentar solucionar problemas relacionadas a falta de privacidade e incitação ao ódio nas mídias sociais. Segundo a agência de notícias Associated Press, as postagens serviam para influenciar eleições a partir do compartilhamento de notícias falsas.

"As pessoas por trás dessa rede usavam contas falsas para criar páginas, disseminar seu conteúdo e aumentar artificialmente o engajamento", disse Nathaniel Gleicher, diretor de políticas de cibersegurança do Facebook, em um comunicado.

Aplicativos de redes sociais e compartilhamentos de mensagem, entre eles o Facebook, em tela de celular - Arun Sankar/AFP

Ele identificou o Grupo Archimedes, de Israel, como fonte de algumas das atividades. "Esta organização e todas as suas subsidiárias estão agora banidas do Facebook, e foi emitida uma carta de cessação e desistência", disse Gleicher.

O diretor acrescentou que cerca de US$ 812 mil foram gastos em anúncios pagos em reais, shekels israelenses e dólares americanos. A primeira propaganda foi feita em 2012, e a mais recente, no mês passado, disse Gleicher.

Segundo a agência de notícias Reuters, o Archimedes não foi encontrado para comentar a decisão.

Gleicher disse que o grupo tinha 65 contas no Facebook, 161 páginas, 12 eventos e quatro perfis no Instagram. Cerca de 2,8 milhões de perfis seguiam uma ou mais dessas páginas.

Ele ainda afirmou que os indivíduos envolvidos também se representavam como locais, incluindo organizações de notícias, e publicavam informações supostamente vazadas sobre políticos.

"Os administradores de páginas e donos das contas costumavam publicar notícias sobre política, incluindo tópicos como eleições em vários países, opiniões de candidatos e críticas a oponentes políticos", disse Gleicher. "Estamos removendo essas páginas e contas com base no comportamento delas, não no conteúdo que elas postaram."

O Facebook afirmou que a atividade "inautêntica" se originou em Israel e se concentrou na Nigéria, Senegal, Togo, Angola, Níger e Tunísia, assim como na América Latina e no Sudeste Asiático.

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