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Descrição de chapéu Venezuela

Líder opositor diz que se encontrou com generais venezuelanos antes de atos

Leopoldo López teria se reunido com militares dissidentes enquanto estava em prisão domiciliar

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Caracas

O líder opositor Leopoldo López afirmou nesta quinta-feira (2) que “conhece a cabeça dos militares” da Venezuela e que se encontrou nas últimas três semanas com “comandantes e generais” do país.

Os encontros teriam ocorrido na casa de López, onde ele cumpria prisão domiciliar. "Ali nos comprometemos a contribuir com o fim da usurpação", disse ele, se referindo ao ditador Nicolás Maduro. 

O líder opositor Leopoldo López fala com jornalistas na frente da residência do embaixador espanhol em Caracas, com a bandeira da Venezuela ao fundo - Carlos Garcia Rawlins/Reuters

“A única coisa que fiz foi conviver com militares”, afirmou sobre os mais de cinco anos que permaneceu preso —parte deles na prisão e parte em casa. 

Segundo ele, vão acontecer em breve "novos movimentos no setor militar" de apoio a oposição. “Tenho certeza de que estão indignados, de que estão sofrendo pressão dos familiares e que querem que seu país mude”.

As declarações foram dadas na entrada da residência do embaixador da Espanha em Caracas, onde López está desde a tarde de terça (30). Ele foi ao local horas depois de ter saído de sua casa, onde cumpria prisão domiciliar, acompanhado de militares dissidentes.

Na sequência, López e o também líder opositor Juan Guaidó foram até a base aérea de La Carlota (em Caracas) e anunciaram uma ação para retirar do poder o ditador Nicolás Maduro, com apoio dos militares dissidentes.

A ação deu início a uma série de protestos contra o regime em todo o país, que acabaram reprimidos pelas forças de segurança leais ao ditador. Mais de 200 ficaram feridas nos confrontos, que deixaram ao menos quatro mortos.  

Foi após o aumento da violência que López procurou abrigo primeiro na embaixada do Chile e depois na da Espanha —ele tem cidadania espanhola. 

A Justiça venezuelana emitiu uma ordem de prisão contra López nesta quinta, mas o governo espanhol já avisou que não pretende entregá-lo.  

Embora Maduro tenha se mantido no poder, participando inclusive de uma marcha militar na manhã desta quinta para reafirmar o apoio das tropas ao seu governo, López defendeu a tática usada pela oposição.

“Queríamos pressionar e surpreender, e fizemos ambos”, disse ele. A fissura que se abriu em 30 de abril vai se converter em uma rachadura e romperá o dique". 

O opositor indiciou ainda que a medida teve apoio de toda a oposição e afirmou que ela está ““está unida, porque sabe que nós não queremos implementar nenhuma ditadura, queremos eleições livres, democráticas e com observadores internacionais.”

Com Reuters

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