Merkel aparece sentada em solenidade após sofrer três tremores em público
Chanceler alemã diz que conhece suas responsabilidades e que está cuidando da saúde
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, apareceu sentada nesta quinta-feira (11) durante solenidade ao lado da primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, em uma troca de protocolo incomum e que, segundo a imprensa alemã, foi realizada a pedido da mandatária alemã.
Na quarta, durante evento ao lado do premiê finlandês, Merkel exibiu pela terceira vez sinais de tremores, o que levou a grandes especulações e questionamentos sobre o estado de saúde da chanceler, que completa 65 anos na semana que vem.
Após a solenidade em que as duas líderes ouviram os hinos nacionais sentadas, Merkel comentou sobre seu estado de saúde.
"Estou consciente da responsabilidade do meu cargo. Comporto-me de maneira apropriada no que tange à minha saúde", afirmou.
"Como pessoa, tenho um grande interesse em me manter saudável e cuido da minha saúde." Em tom de brincadeira, a chanceler comentou ainda que "a cada ano a gente fica mais velha".
De acordo com o tabloide Bild, o jornal mais lido na Alemanha, Merkel se submeteu a uma série de exames médicos após o primeiro incidente de tremor, em 18 de junho, ao lado do presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski.
Tanto o Bild quanto a revista Der Spiegel disseram que a mudança de protocolo, dispensando a necessidade de ficar em pé durante os hinos, foi pedido pela chanceler após o tremor de quarta.
Em seu partido, a União Democrata Cristã (CDU), os incidentes deram início à discussão sobre se Merkel deve antecipar a transferência de poder para antes do previsto —a chanceler anunciou no ano passado que não pretende continuar no poder após o término do seu mandato, em 2021.
A transferência seria em prol de Annegret Kramp-Karrenbauer (AKK), atual líder do partido e protegida de Merkel.
A possibilidade vem sendo ventilada por setores próximos a AKK, que resentem a falta de destaque que a chefe da CDU tem tido. No entanto, algumas fontes dizem que nem AKK nem Merkel são favoráveis a essa opção, já que ela provavelmente levaria à realização de novas eleições.
O cenário parece se complicar pela expectativa de que os social-democratas, parceiros da CDU na coalizão, devem perder eleições regionais em três estados no segundo semestre.
Isso poderia levá-los a abandonar a coalizão e a precipitar novas eleições federais de qualquer maneira.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters