Dois dias depois de eleição, Justiça derruba dois processos contra Cristina
Câmara Federal alegou 'falta de mérito'; vice-presidente eleita responde a outras nove ações
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A vice-presidente eleita da Argentina, Cristina Kirchner, recebeu nesta terça-feira (29) sua primeira boa notícia depois das eleições. Dois processos a que ela respondia na Justiça simplesmente caíram por "falta de mérito", segundo a Câmara Federal que as investigava.
São processos menores em comparação com os nove outros que a ex-presidente ainda enfrenta. Porém, podem sinalizar que a Justiça esteja começando a adotar uma posição mais branda em relação às causas enfrentadas pela vice-presidente.
É preciso lembrar que algo similar ocorreu em 2015, quando a Justiça também decidiu retirar, por "falta de evidências", a participação de Mauricio Macri num escândalo em que várias pessoas relacionadas a ele haviam sido grampeadas ilegalmente.
Naquela ocasião, o processo não caiu e outras pessoas foram condenadas, mas o presidente foi retirado da causa.
Os processos a que Cristina não terá mais de responder são relativos a negociação de contratos de obras públicas durante sua gestão como presidente (2007-2015), uma relacionada a construção de vias urbanas e o outro, o de contratação de provedores de gás.
No caso do gás, apenas Cristina está sendo deixada de fora do processo, mas a ação segue incluindo outros funcionários de sua gestão, como o ex-ministro do planejamento, Julio De Vido, que está preso.
O outro processo se refere ao recebimento de US$ 15 mil em subornos para favorecer empresas em contratos para obras de corredores viários. Nele, Cristina era acusada de corrupção passiva.
Outros processos seguem em andamento, embora o foro privilegiado da até agora senadora e, depois de 10 de dezembro, vice-presidente, seja um obstáculo para processá-la. Ela teria de ter o foro retirado pelo Congresso ou responder ante a Corte Suprema, dependendo do delito.
Essas causas são as de enriquecimento ilícito, de especulação com informação privilegiada sobre o valor da moeda norte-americana, e o esquema de lavagem de dinheiro armado em torno da rede de hotéis da família, na Patagônia e outros.
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