Trump deve ser mais ativo na mediação entre turcos e sírios, diz consultor
Walid Phares foi assessor da campanha do atual presidente dos EUA e veio ao Brasil para conferência
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Diante da pressão internacional que se formou contra a invasão turca no norte da Síria, o presidente Donald Trump deve rever sua posição neutra e mediar mais ativamente o conflito entre a Turquia e os curdos sírios, na opinião do consultor libanês-americano Walid Phares, assessor das campanhas dos republicanos Trump e Mitt Romney.
Após o presidente americano retirar tropas que estavam na Síria auxiliando a SDF, forças dominadas pelos curdos —os mais eficientes adversários do Estado Islâmico—, a Turquia iniciou uma ofensiva militar para estabelecer um corredor de segurança no norte da Síria e, posteriormente, reassentar 2 milhões de refugiados sírios na região.
“Existe um raro alinhamento entre conservadores, que são contra o islamismo de Erdogan, e a esquerda, que simpatiza com o secularismo, na defesa dos curdos e condenação à ofensiva turca”, diz o consultor Phares.
Ele é comentarista da Fox News e foi alvo de críticas por ter sido consultor das milícias cristãs libanesas que participaram de massacres de palestinos nos anos 1980, durante a guerra do Líbano.
“Acredito que Trump mediará negociações entre os curdos e o governo Erdogan e, se não houver resultados, irá impor sanções econômicas contra a Turquia”, disse à Folha o consultor, que participou da conferência CPAC Brasil, que reúne conservadores num hotel em São Paulo.
Phares disse que está muito entusiasmado com o avanço do conservadorismo no Brasil e que vai conversar com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre a importância de aumentar a exposição do país na arena internacional, principalmente neste momento de críticas relacionadas à Amazônia.
“Acho que o governo precisa deixar claro que o Brasil tem soberania sobre a Amazônia, mas precisa dizer também que seguirá padrões internacionais na conservação do ambiente.”
Ele disse que concorda com a posição do Trump e Bolsonaro de ser contra o globalismo, mas ressalta que não se pode ser contra internacionalização, pois isso resulta em isolacionismo.
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