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Trump deve ser mais ativo na mediação entre turcos e sírios, diz consultor

Walid Phares foi assessor da campanha do atual presidente dos EUA e veio ao Brasil para conferência

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São Paulo

Diante da pressão internacional que se formou contra a invasão turca no norte da Síria, o presidente Donald Trump deve rever sua posição neutra e mediar mais ativamente o conflito entre a Turquia e os curdos sírios, na opinião do consultor libanês-americano Walid Phares, assessor das campanhas dos republicanos Trump e Mitt Romney.

Após o presidente americano retirar tropas que estavam na Síria auxiliando a SDF, forças dominadas pelos curdos —os mais eficientes adversários do Estado Islâmico—, a Turquia iniciou uma ofensiva militar para estabelecer um corredor de segurança no norte da Síria e, posteriormente, reassentar 2 milhões de refugiados sírios na região.

“Existe um raro alinhamento entre conservadores, que são contra o islamismo de Erdogan, e a esquerda, que simpatiza com o secularismo, na defesa dos curdos e condenação à ofensiva turca”, diz o consultor Phares.

O presidente dos EUA, Donald Trump, durante evento de campanha nesta sexta (11) - Matt Sullivan/Getty Images/AFP

Ele é comentarista da Fox News e foi alvo de críticas por ter sido consultor das milícias cristãs libanesas que participaram de massacres de palestinos nos anos 1980, durante a guerra do Líbano.

“Acredito que Trump mediará negociações entre os curdos e o governo Erdogan e, se não houver resultados, irá impor sanções econômicas contra a Turquia”, disse à Folha o consultor, que participou da conferência CPAC Brasil, que reúne conservadores num hotel em São Paulo.

Phares disse que está muito entusiasmado com o avanço do conservadorismo no Brasil e que vai conversar com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre a importância de aumentar a exposição do país na arena internacional, principalmente neste momento de críticas relacionadas à Amazônia.

“Acho que o governo precisa deixar claro que o Brasil tem soberania sobre a Amazônia, mas precisa dizer também que seguirá padrões internacionais na conservação do ambiente.”

Ele disse que concorda com a posição do Trump e Bolsonaro de ser contra o globalismo, mas ressalta que não se pode ser contra internacionalização, pois isso resulta em isolacionismo.

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