Siga a folha

Metade dos iranianos vai às urnas em 1ª eleição após morte de general

Qassim Suleimani, vítima de ataque dos EUA, era o segundo homem mais poderoso do regime

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Dubai | Reuters

Autoridades iranianas estimam que o índice de comparecimento nas eleições parlamentares desta sexta-feira (21) deve chegar a 50%.

Grande parte dos iranianos que participaram dos protestos de novembro passado seguem insatisfeitos com o alto desemprego, a alta da inflação e restrições em liberdades individuais —fatores que podem ter influenciado sua presença nas urnas.

Mulher deposita seu voto nas eleições parlamentares em Teerã - Nazanin Tabatabaee/Reuters

A última eleição, em 2016, também registrou queda no comparecimento: 62% contra 66% do pleito de 2012.

Por volta de 15h, o ministro do Interior afirmou que 11 milhões de eleitores (de um total de 58 milhões) haviam votado —aproximadamente 19%.

A votação se encerrou às 20h locais (13h em Brasília) após vários adiamentos por causa da dificuldade de acesso a alguns locais de votação, uma prática comum nos pleitos do país.

O índice oficial de comparecimento será divulgado pelas autoridades no sábado (22). 

Candidatos leais ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, devem vencer com boa margem e consolidar o poder do regime em um momento de crescente pressão dos EUA sobre o programa nuclear de Teerã.

A votação não terá grande influência nos assuntos externos ou na política nuclear do país, que é determinada por Khamenei. No entanto, pode fortalecer esses políticos mais radicais e aumentar suas chances de vitória no pleito de 2021 para presidente.

Uma vitória dos aliados do líder supremo nas eleições, vista como um referendo sobre a popularidade dos governantes, poderia enfraquecer o presidente Hassan Rouhani, que venceu as últimas duas eleições com promessas de abrir o país para o exterior.

Rouhani pediu aos iranianos que "desapontem ainda mais os inimigos" votando em grande número. 

A retirada dos Estados Unidos em 2018 do acordo nuclear do Irã e a reimposição de sanções atingiram duramente a economia do Irã e afetaram a qualidade de vida da população.

Em 3 de janeiro, um ataque de drones dos EUA matou o comandante militar mais proeminente do Irã, general Qassim Suleimani no Iraque. O Irã retaliou disparando mísseis balísticos contra alvos dos EUA em território iraquiano. 

Suleimani, chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária e arquiteto das operações clandestinas e militares de Teerã no exterior, foi um herói nacional para muitos iranianos. Ele era a figura mais poderosa no país depois de Khamenei.

Incentivando os iranianos a votar, a TV estatal transmitiu imagens de pessoas fazendo filas em zonas eleitorais, que foram instaladas principalmente em mesquitas.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas