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Presidente interina da Bolívia anuncia vice em chapa para eleição

Empresário hoteleiro, Samuel Doria Medina já foi derrotado três vezes por Evo Morales

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La Paz | AFP

A presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez, candidata às eleições presidenciais de 3 de maio, anunciou nesta sexta-feira (31) o empresário hoteleiro e ex-candidato à Presidência Samuel Doria Medina, 61, como o vice de sua chapa. 

"Doria Medina está comprometido com o país, é um empresário que lutou a vida toda em defesa da democracia", afirmou Añez na apresentação de Medina em evento do partido Unidade Nacional (ONU).

Medina foi derrotado nas urnas três vezes pelo ex-presidente Evo Morales, que renunciou à presidência em novembro do ano passado.

A presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez (esquerda), levanta a mão de seu vice, Samuel Doria Medina, na chapa que vai concorrer à eleição presidencial - Daniel Miranda/APG Noticias/Xinhua

O empresário foi o terceiro nas eleições de 2005 e 2009 e o segundo em 2014, quando foi superado por Evo, que obteve 61% dos votos contra 24%.

Medina inicialmente era contra à nomeação de Añez como presidente interina, mas mudou de ideia.

Em 1995, o empresário foi sequestrado durante 45 dias pelo extinto Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), do Peru, que operava esporadicamente na Bolívia. 

Foi libertado após o pagamento de um resgate, cujo valor nunca foi divulgado, mas que estima-se em mais de US$ 2 milhões. Uma década depois, sobreviveu a um acidente de avião.

No início de janeiro, a Bolívia anunciou que as novas eleições presidenciais estavam marcadas para 3 de maio. Añez anunciou sua candidatura à Presidência no fim do mesmo mês.

Ela assumiu a Presidência em novembro de 2019, a partir de uma interpretação controversa de uma cláusula constitucional depois que o ex-presidente Evo Morales, o ex-vice-presidente Álvaro García Linera e outros parlamentares, incluindo a presidente do Senado, renunciaram.

Pressionado pela oposição, pelas Forças Armadas e por protestos intensos no país, Evo renunciou à Presidência da Bolívia no início de novembro de 2019, depois de 13 anos no poder.

A renúncia foi desencadeada por embates que aconteceram depois das controversas eleições presidenciais de 20 de outubro no país, que deram vitória (e o quarto mandato) a Evo. 

O pleito, marcado por idas e vindas e acusações de fraude, foi contestado pela oposição e, depois de uma auditoria, também pelo secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, que pediu sua anulação.

Depois de ter deixado a Bolívia e se refugiado no México, Evo vive na Argentina na condição de refugiado.

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