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EUA restringirão vistos de funcionários do regime chinês por ameaça à autonomia de Hong Kong

Medida se insere na disputa comercial e geopolítica travada pelas duas potências mundiais

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Washington | AFP

Os EUA vão restringir a entrada de funcionários do regime chinês sob a justificativa de que Pequim ameaça a autonomia de Hong Kong, anunciou nesta sexta (26) o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

Em um comunicado, o chefe da diplomacia dos EUA acusou a China de descumprir os compromissos assumidos quando o território, então sob controle do Reino Unido, voltou ao domínio do país asiático.

A transição, em 1997, ocorreu segundo a condição de que Pequim respeitasse o conceito de "um país, dois sistemas", válido até 2047, que permite Hong Kong ser uma ilha de capitalismo desregulado, com multipartidarismo, liberdade de expressão e Judiciário autônomo.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, durante entrevista coletiva em Washington - Yuri Gripas - 11.jun.20/AFP

Parentes de funcionários atingidos pela decisão também serão afetados pelas restrições.

O anúncio ocorre no momento em que a China prepara o início da aplicação de uma lei de segurança para endurecer as punições a atividades consideradas subversivas, visando assim barrar as manifestações que ocorrem por mais democracia em Hong Kong desde a metade de 2019.

A pandemia de coronavírus havia esfriado o movimento, mas a aprovação da lei de segurança reativou os maciços atos de rua.

De acordo com diversos ativistas, a nova legislação acabaria com as liberdades que fazem de Hong Kong um dos principais centros financeiros do mundo.

Na quinta-feira (25), o Senado dos EUA já havia aprovado uma lei para sancionar funcionários do regime chinês que ameacem a autonomia de Hong Kong.

Os Estados Unidos são rivais da China numa espécie de Guerra Fria 2.0, disparada na forma de disputa comercial e geopolítica pelo presidente Donald Trump em 2017. Os países têm se chocado no campo militar e até no manejo da pandemia do novo coronavírus.

Hong Kong sempre foi uma fratura da Guerra Fria, um posto avançado do Ocidente na Ásia. Os EUA têm 290 quartéis-generais e 434 escritórios regionais asiáticos de suas empresas lá, e o consulado local, até hoje ao menos, tem status de embaixada.

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