EUA bloqueiam entrada de novos estudantes estrangeiros que teriam aulas remotas
Governo recuou de decisão anterior, mas diz que matrículas feitas após 9 de março não serão aceitas
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O Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE, na sigla em inglês) informou nesta sexta (24) que novos estudantes estrangeiros cujas aulas forem exclusivamente remotas não poderão entrar nos EUA.
No último dia 14, após receber muitas críticas, o governo recuou da decisão que impedia estudantes de permanecerem no país caso as aulas fossem dadas inteiramente online, mas um novo comunicado deixa claro que a flexibilização só vale para os alunos que já estavam matriculados até 9 de março.
"Os estudantes com matrículas novas ou com status posterior a 9 de março não poderão entrar nos Estados Unidos para seguirem cursos em escolas como estudantes não imigrantes no outono [no hemisfério norte] caso seus programas sejam 100% online", informou a direção do ICE.
O governo de Donald Trump, que mantém uma política austera contra a imigração irregular e que durante a pandemia suspendeu a emissão de vários tipos de vistos, anunciou no começo do mês que não permitiria que estudantes cujos programas fossem exclusivamente remotos permanecessem no país.
Os Estados Unidos contabilizam cerca de 1 milhão de estudantes estrangeiros (5,5% do total), e muitas instituições dependem, em grande parte, dos pagamentos desses alunos.
Depois que universidades renomadas, como Harvard e MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), protestaram contra a decisão e recorreram à Justiça, o governo retirou a medida.
Em março, sob a justificativa de proteção à saúde dos americanos, o presidente fechou as fronteiras com o México e com o Canadá para travessias consideradas não essenciais e implementou regras que permitiam a rápida deportação de imigrantes capturados nas divisas.
Em abril, suspendeu por 60 dias a emissão do green card, que garante residência a estrangeiros no país.
A medida foi renovada dois meses depois, no mesmo dia em que o presidente assinou um decreto para interromper a emissão de alguns tipos de visto para trabalhadores qualificados, alegando que a decisão protegeria americanos do desemprego.
Os críticos das ações do presidente dizem que Trump usa a pandemia para agradar sua base eleitoral. O republicano é candidato à reeleição em novembro, quando os democratas tentarão voltar à Casa Branca com ex-vice-presidente Joe Biden.
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