Polícia de Hong Kong ordena prisão de ativistas pró-democracia no exílio
Autoridades invocam jurisdição extraterritorial da nova lei de segurança nacional pela 1ª vez
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Após o adiamento por um ano das eleições legislativas em Hong Kong e para desgosto da oposição pró-democracia, a polícia ordenou na sexta-feira (31) a prisão de seis ativistas pró-democracia no exílio, principalmente nos Estados Unidos e no Reino Unido.
"O exílio e a nacionalidade estrangeira não nos protegerão", afirmou Samuel Chu, ativista de Hong Kong pela democracia e cidadão americano. Ele soube na sexta que era procurado por "incitar secessão e conluio com potências estrangeiras".
"Se eu for visado, qualquer americano, qualquer cidadão de qualquer país que fale a favor de Hong Kong também o pode ser e será", disse ele.
É a primeira vez que as autoridades de Hong Kong invocam a jurisdição extraterritorial da nova lei de segurança nacional contra ativistas fora da região.
Nathan Law, um dos líderes dos protestos de 2019, também é procurado. Ele fugiu recentemente do território semiautônomo para o Reino Unido, assim como Simon Cheng, um ex-funcionário do consulado britânico em Hong Kong que recebeu asilo em Londres depois de denunciar a tortura na China.
Desde a entrada em vigor da nova lei, quatro estudantes foram presos por incitar a secessão nas redes sociais e 12 candidatos pró-democracia foram desqualificados para as eleições legislativas que ocorreriam em setembro —a chefe-executiva de Hong Kong, Carrie Lam, justificou a decisão citando os riscos de contágio pelo novo coronavírus.
Depois que o pleito foi adiado para 2021, a Alemanha suspendeu seu tratado de extradição com Hong Kong, assim como o Reino Unido e a Austrália —uma decisão que Pequim condenou como uma violação do direito internacional.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters