Trump assina decreto para priorizar envio de vacinas contra Covid para os EUA
Texto afirma que, antes de ajudar outros países, americanos devem ser imunizados
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O presidente Donald Trump anunciou um decreto, nesta terça-feira (8), para garantir que os americanos tenham prioridade para receber vacinas contra o novo coronavírus.
O texto, assinado pelo republicano na Casa Branca, prioriza o envio de doses para os Estados Unidos antes de outras nações e diz que, antes de ajudar outros países, os americanos devem ser imunizados.
Funcionários do governo descreveram a ordem como uma "reafirmação do compromisso do presidente com a América em primeiro lugar".
Não está claro, entretanto, como isso seria aplicado, dado que os fabricantes já assinaram acordos com outros países. A medida vem em um momento em que se discute o cenário em que não haverá doses suficientes da vacina após o início da distribuição.
O governo afirma que pode cumprir sua meta de fornecer imunização para os cerca de 330 milhões de americanos até abril.
A vacina da Pfizer e da BioNTech, que poderá ser licenciada pela FDA (agência de regulação de medicamentos) nos próximos dias, tem contrato com os Estados Unidos para 100 milhões de doses.
Na segunda (7), o jornal americano The New York Times informou que a Pfizer havia se oferecido para vender doses adicionais aos EUA no final do verão, mas o governo tinha recusado.
A decisão de não comprar mais doses gerou preocupações administrativas de que a Pfizer seria incapaz de atender a qualquer pedido adicional dos EUA até junho devido aos compromissos da empresa com outros países. O governo Trump nega.
A Moderna, cuja vacina pode ser aprovada até o final da próxima semana, também se comprometeu a entregar 100 milhões de doses aos Estados Unidos. Cada contrato inclui opções para doses adicionais, mas o tempo para ativar essas cláusulas pode atrasar a entrega em vários meses.
Os dois fabricantes possuem fábricas nos Estados Unidos e na Europa e existem leis que, em tese, permitiriam ao governo americano ser o primeiro na produção gerada, como a Lei de Produção de Defesa.
"Se necessário, invocaremos a Lei de Produção de Defesa. Não acreditamos que seja necessário", disse Trump.
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