Siga a folha

Descrição de chapéu China Ásia

Risco de conflito entre Pequim e Taiwan é o maior já registrado, diz centro de estudos chinês

Análise aponta que aumento da proximidade de Taipei com os EUA eleva chances de confronto militar

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

As tensões no estreito de Taiwan atingiram o ponto em que um risco de conflito é o mais alto já registrado, segundo o China Cross-Strait Academy, um think tank ligado ao governo chinês.

O centro de estudos divulgou um estudo nesta semana no qual aponta que Taiwan e a China continental estão à beira de uma guerra. O risco de conflito foi apontado como 7,21, em uma escala que vai de -10 a 10. É o maior índice já registrado desde o início da crise, segundo o jornal South China Morning Post.

Avião militar em base aérea em Tainan, em Taiwan - Ann Wang - 26.jan.21/Reuters

Baseado em Hong Kong, o China Cross-Strait Academy fez uma análise atual e retroativa das relações entre Pequim e Taiwan, levando em conta fatores como força militar, relações comerciais, opinião pública, eventos políticos e apoio de aliados.

Na década de 1950, nacionalistas chineses que perderam a guerra civil deixaram a China continental e se concentraram em Taiwan. O Estado comunista formado em 1949 considera a ilha como uma província rebelde. Hoje uma democracia, a região tem 23 milhões de habitantes.

China, Terra do Meio

Receba toda sexta-feira um resumo das principais notícias da China no seu email

Para o think tank, o risco de conflito caiu durante os anos 1970, quando os EUA deixaram de reconhecer Taiwan como governo oficial da China e retomaram relações diplomáticas com Pequim, e voltou a crescer em 2000, quando o Partido Democrático Progressista conquistou o poder na ilha.

O risco subiu ainda mais com a chegada de Donald Trump ao comando dos EUA. O republicano adotou abordagem agressiva com Pequim e buscou se aproximar de Taiwan —e essa proximidade entre taiwaneses e americanos pode aumentar o risco de confronto na região.

"Se a tendência atual continuar, a unificação de Taiwan à força [feita por Pequim] será apenas questão de tempo", disse Lei Xiying, chefe do think tank e membro do Partido Comunista Chinês, segundo o SCMP.

Os EUA, como a maioria dos países, não têm relações diplomáticas formais com Taiwan, mas são um grande vendedor de armas para a ilha. ​Durante o governo Trump, várias autoridades americanas foram enviadas a Taipé, capital da ilha, o que foi visto como provocação pelos chineses.

Caso a região resolva declarar independência —ou faça gestos claros neste sentido—, o movimento poderia levar o governo da China a uma resposta militar. Pequenos atritos, como a entrada não autorizada de aeronaves e navios estrangeiros em áreas em disputa no mar, ocorrem com grande frequência.

No ano passado, a China apertou o cerco a Hong Kong, território semiautônomo, com uma série de medidas para silenciar vozes críticas e reforçar a lealdade de seus cidadãos ao governo central. Isso gerou a expectativa de que também poderia haver um endurecimento nas relações com Taiwan.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas