Chanceler exonera diplomata que fez de braço de estudos do Itamaraty reduto olavista
Roberto Goidanich foi substituído por Márcia Loureiro, do consulado do Brasil em Los Angeles
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O chanceler Carlos França exonerou nesta segunda (12) o ministro de segunda classe Roberto Goidanich da presidência da Funag (Fundação Alexandre de Gusmão), braço de estudos e debates do Itamaraty.
Na gestão de Goidanich, a fundação se transformou num reduto de seguidores do escritor Olavo de Carvalho e blogueiros de direita. Para o lugar do diplomata foi escolhida a embaixadora Márcia Loureiro, cônsul-geral do Brasil em Los Angeles, nos EUA. A troca foi publicada no "Diário Oficial da União" desta segunda-feira, em portarias assinadas pelo ministro da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos.
Goidanich assumiu a Funag na gestão do olavista Ernesto Araújo —demitido em março— à frente do Itamaraty. Durante o período, o órgão promoveu debates com bolsonaristas como o youtuber Bernardo Kuster e o blogueiro Allan dos Santos. As conferências com nomes conservadores começaram em 2019 e ganharam fôlego renovado durante a pandemia da Covid-19.
Desde que assumiu o comando do Ministério das Relações Exteriores, França tem mudado a orientação da pasta para uma postura pragmática. Em seu primeiro discurso após assumir o cargo, em abril, prometeu engajar o Itamaraty numa “verdadeira diplomacia da saúde” e colocou o desenvolvimento sustentável como uma das prioridades da sua gestão, em acenos ao Congresso e aos EUA de Joe Biden.
De partida, França sinalizou que realizaria mudanças pontuais no segundo escalão do Itamaraty.
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